Após renascer das cinzas no fim da fase de grupos da Copa Libertadores, o São Paulo levou um balde de água fria do Atlético-MG na noite desta quinta-feira (2). Com um jogador a menos desde os 34 minutos do primeiro tempo, o time de Ney Franco levou uma virada por 2 a 1, no Morumbi, no jogo de ida das oitavas de final, e ficou em situação delicada na competição.
A expulsão do zagueiro Lúcio ainda no primeiro tempo, quando o time da casa vencia por 1 a 0, mudou o panorama do duelo. O Atlético-MG aproveitou a vantagem numérica e buscou o empate com Ronaldinho no fim da etapa inicial. Depois do intervalo, Diego Tardelli sacramentou a virada e assegurou a vantagem para o jogo da volta.
O revés contra o time de Ronaldinho obriga o São Paulo a vencer o jogo da volta por dois gols de diferença, na próxima quarta, no Independência, em Belo Horizonte. Ao Atlético-MG, que ainda não perdeu no reformado estádio mineiro, um empate ou até uma derrota por 1 a 0 será o suficiente para garantir a vaga nas quartas de final.
O jogo
O São Paulo buscou forças na torcida para fazer um início de jogo eletrizante. Dominante, impôs pressão dos atleticanos e abriu o placar aos 8 minutos. Aloísio acelerou pela direita e cruzou rasteiro na área. Ganso dominou com tranquilidade, cortou o marcador e deu assistência para Jadson só empurrar para as redes.
O gol incendiou a partida. Sem Aloísio - deixou o gramado mais cedo com dores na virilha após a corrida que originou o lance do gol -, o São Paulo contou com rápidas, mas frustradas, investidas de Ademílson para assustar a defesa mineira. O jovem atacante desperdiçou três boas chances aos 14, 31 e 32 minutos.
No entanto, Lúcio, um dos jogadores mais experientes em campo, fez falta violenta em Bernard e foi expulso de campo aos 34 minutos. Ney Franco sacou Ademílson e reforçou a zaga com Rhodolfo, reduzindo o poder de fogo do ataque.
O Atlético, por sua vez, aproveitou o momento mais favorável e passou a cadenciar o jogo, desacelerando o ritmo dos anfitriões. A igualdade em campo foi confirmada no placar aos 41. Após cobrança de escanteio, Ronaldinho subiu na segunda trave e escorou de cabeça para as redes.
Depois de um primeiro tempo eletrizante, o Atlético voltou para a etapa final disposto a "cozinhar" o São Paulo. Impor seu domínio no meio-campo, diante do anfitrião recuado, e passou a fazer investidas pontuais. Em uma delas, Diego Tardelli virou a partida. Ele recebeu passe de Marcos Rocha e bateu na saída de Rogério Ceni, aos 13 minutos.
Mais consistente, o Atlético assumiu definitivamente as rédeas da partida diante de um rival cambaleante. Aos 25, o time da casa sofreu outra importante baixa ao perder Rhodolfo, machucado. Sem mais substituições, o São Paulo se segurou na defesa e até tentou surpreender em contra-ataque, sem sucesso.
Antes do jogo da volta, os dois times voltam a campo no domingo para partidas decisivas. O São Paulo recebe o Corinthians para o clássico no mesmo Morumbi, às 16 horas, pela semifinal do Paulistão. No mesmo horário, o Atlético vai enfrentar o Tombense no Independência, na partida da volta da semifinal do Mineiro - venceu a ida por 2 a 0.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 1 x 2 ATLÉTICO-MG
SÃO PAULO - Rogério Ceni; Paulo Miranda, Lúcio, Rafael Tolói, Carleto; Wellington, Denilson, Jadson, Ganso; Osvaldo e Aloísio (Ademílson, Rhodolfo, Douglas). Técnico: Ney Franco.
ATLÉTICO-MG - Victor; Marcos Rocha, Réver, Gilberto Silva, Richarlyson; Leandro Donizete (Josué), Pierre, Ronaldinho, Bernard (Luan); Diego Tardelli (Rosinei) e Jô. Técnico: Cuca.
GOLS - Jadson, aos 8, e Ronaldinho, aos 41 minutos do primeiro tempo. Diego Tardelli, aos 13 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Marcos Rocha, Leandro Donizete, Bernard, Josué.
CARTÃO VERMELHO - Lúcio.
ÁRBITRO - Antonio Arias (Fifa/Paraguai).
RENDA - R$ 2.971.070,00.
PÚBLICO - 57.401 pagantes.
LOCAL - Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura