Mario Celso Petraglia rompeu mais um período de silêncio e, talvez movido pelo espírito de fim de ano, fez algumas promessas para o futuro do Atlético. Tanto em um jantar com seus apoiadores como em entrevista ao canal Premiere FC, o presidente rubro-negro não negou o se estilo e desenhou um futuro arrojado e vitorioso para o Furacão. Quem ouviu se dividiu entre a esperança de dias melhores e a sensação de "já ouvi isso antes". A Gazeta do Povo listou as novas (velhas) promessas de Petraglia para conferirmos, no futuro, o que virou realidade.
Foco no futebol
"A partir de 2015 nós teremos todo esforço, toda nossa dedicação, todo nosso foco voltado exclusivamente para fazermos futebol. Então, toda essa plantação, todos esses anos de renúncia, praticamente acabou [sic]"
Feita primeiro no jantar do CAP Gigante, mas reafirmada no PFC. Com a Arena concluída, a promessa de Petraglia agora é formar um time vencedor, com atenção total no futebol. Não é a primeira vez que o dirigente faz essa promessa. Agora vai?
Estádio multiuso gera receita para o futebol
"O estádio é um centro de entretenimento, de eventos, nada a ver com futebol. É um meio para fazermos caixa, receita para investirmos em futebol"
Promessa dois em um. Com o teto retrátil e a Areninha, o plano é ampliar ainda mais o potencial de uso do Complexo Arena. Ao PFC, Petraglia falou em receber na Areninha eventos esportivos, "teatro, show da Broadway, Cirque du Soleil, qualquer evento". Com toda a receita revertida para girar a roda do futebol.
Campeão do mundo"Nós iniciamos um projeto e dissemos que em 10 anos seriamos campeões brasileiros e todos riram. Estamos prometendo que em 10 anos, no pós-Copa, seremos campeões do mundo. O projeto começa agora"
Promessa de campanha com uma pequena adaptação de prazo. Quando se elegeu, no fim de 2011, Petraglia prometia que em dez anos, a partir dali, o Atlético seria campeão mundial. Agora, o ponto de partida é o pós-Copa. Sendo assim, Petraglia promete que o Atlético chegará ao centenário, em 2024, campeão mundial.
Naming rights para pagar financiamento
"Temos um patrimônio concluído que vai valer 1 bilhão de reais, sem dívida. O clube deve esse investimento [R$ 131 milhões ao BNDES] que vai pagar em 15 anos, se nós vendermos naming rights pagaremos com sobra todo investimento feito em 15 anos. Nós somos balizados pela venda de Salvador e Recife, que venderam a R$ 10 milhões por ano"
Na prática, a conta do dirigente prevê que o estádio se pague. A entrada no naming rights serviria para quitar o financiamento do BNDES. O Atlético partiu de uma projeção de R$ 4,5 milhões, mas já adaptou esse valor aos primeiros contratos fechados por mais que o dobro do estimado pelo clube.
Contrato melhor com a Umbro
"Não chega a R$ 2 milhões, R$ 1,8 milhão, estamos negociando para aumentar o percentual de royalties."
A primeira a ser cumprida. O contrato entre Atlético e Umbro vence no fim deste ano. Parceira do clube desde 1996, a marca inglesa deve renovar por cinco anos. No início do mês, o site Terra publicou que a ideia do Atlético é triplicar o faturamento anual. Apesar de falar em um percentual maior re royalties, Petraglia não traçou um parâmetro de melhoria.
Jogo duro com as organizadas
"Nós tiramos as cadeiras, delimitamos um espaço para eles, todos obrigatoriamente têm que ser sócios, não vendemos ingressos para aquele local, e agora estamos querendo implantar o controle biométrico. Limitamos faixas, bandeiras, essas coisas, até a primeira confusão que surgir, aí voltaremos a puni-los."
Petraglia prometeu jogo duro com a Fanáticos, única organizada reconhecida pelo clube. Mesmo com a briga de Joinville - e todo o prejuízo que o clube teve -, foi mantida a ideia de tirar as cadeiras do espaço onde fica a TOF. Agora, a promessa é de biometria para manter todos identificados e tolerância zero com atos violentos.
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