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Estádio do Capiatá, onde o Atlético buscará uma vaga na fase de grupos, foi financiado pelo fundador do clube. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Estádio do Capiatá, onde o Atlético buscará uma vaga na fase de grupos, foi financiado pelo fundador do clube.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Adversário do Atlético na terceira fase da Libertadores, o Deportivo Capiatá, do Paraguai, é um ‘clube de dono’. Mais especificamente, do empresário paraguaio Erico Segovia, atual presidente que fundou a agremiação e construiu, com dinheiro do próprio bolso, o estádio onde a equipe mandará o jogo com o Furacão, nesta quarta-feira (22), às 21h45, pela terceira fase da Libertadores. Não à toa, a praça esportiva carrega o seu nome.

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A história do Deportivo Capiatá começou em 2008 e foi fruto de uma série de fusões. Mas não daquelas a que estamos acostumados a acompanhar no futebol brasileiro, entre dois clubes já formados. Até aquele ano, a equipe existia com o nome de Seleção Capiatenha, disputando partidas da quarta e terceira divisões paraguaias.

Em resumo, um apanhado dos melhores jogadores dos pequenos times de bairros da cidade, situada na região metropolitana de Assunção. Quando subiu para a Segunda Divisão, em 2007, a seleção foi obrigada a mudar de nome e estatuto, para seguir as regras da federação local.

Foi desta necessidade que surgiu o Deportivo Capiatá, fruto de uma união entre dirigentes de 18 clubes de bairro, liderada justamente por Segovia. Junto dele vem o braço direito Óscar Barreto, primeiro presidente do clube e atual vice. Os pequenos clubes, por sua vez, não deixaram de existir. Seguem atuando nas ligas menores.

O estatuto do Capiatá prevê que cada um dos 18 times formadores pode eleger um dirigente para representá-los na direção do clube que agora disputa a Libertadores. Uma verdadeira assembleia de cartolas.

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Salários em dia e premiações polpudas

Mas quem manda, e investe, é mesmo Segovia. Além do estádio, é ele o responsável pelo pagamento em dia dos salários de todo o elenco, fator que tornou o clube um atrativo para os boleiros paraguaios.

Além disso, a cada objetivo cumprido, o empresário presenteia os pupilos com polpudas premiações. Uma delas, por sinal, deve aguardar o Capiatá em caso de classificação contra o Atlético.

Empresário misterioso e “parça” do elenco

Natural de Itagua, distante 12 quilômetros de Assunção, mas radicado em Capiatá, Segovia mantém mistério sobre as operações comerciais que comanda. No clube, o assunto é tratado como segredo. Nas ruas de Capiatá, predominam os rumores: é dono de supermercados, de redes de táxis, construtor de prédios. Nada que o clube comente.

Enigmas à parte, o empresário é extremamente bem relacionado com o elenco. Participa de peladas com os jogadores e está diretamente atrelado a todas as decisões do clube. “O Eurico é uma das melhores pessoas que já conheci no meio do futebol. Ele é o pilar deste clube”, diz o técnico Diego Gavilán.

“Tudo o que acontece no Capiatá gira em torno dele. Temos de tirar o chapéu para um cara que fez crescer muito um clube em uma cidade que não tem nada a ver com Assunção ou seus times”, completa.

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