A Fomento Paraná – agência de crédito vinculada ao governo estadual – reforçou o tom de cobrança da dívida do Atlético referente à Arena da Baixada. A instituição cobra na Justiça o valor do empréstimo de R$ 291 milhões repassado para a CAP S/A, sociedade criada pelo clube para gerenciar a reforma do estádio para a Copa 2014. E também rechaça a possibilidade de falência, caso perca a demanda judicial contra o clube.
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“Algumas questões relativas a encargos moratórios, multas, parcelamento e eventuais alongamentos de datas podem ser negociados. Mas o valor originalmente tomado não será negociado”, avisa Samuel Suss, diretor jurídico da Fomento Paraná, em entrevista nesta segunda-feira (8) à Gazeta do Povo.
Não existe nenhuma possibilidade disso (falência) acontecer. Nós tivemos um lucro liquido de R$ 101 milhões no ano passado e valores estimados de R$ 127 milhões para 2017. Nosso patrimônio é de R$ 1,5 bilhão. O empréstimo foi feito através do nosso Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que também situação financeira extremamente sólida. Esse risco não existe em hipótese alguma
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Avaliada, segundo perícia judicial, em R$ 634.950.000,00, a Arena pode ser leiloada em breve, caso o juiz Guilherme de Paula Rezende, da 4.ª Vara da Fazendo Pública de Curitiba, determine o pagamento imediato do empréstimo por parte do Atlético (entenda o caso).
“Nós temos absoluta convicção de que são empréstimos totalmente enquadrados dentro da legislação. Não seria nenhum exagero a Arena ir a leilão. Ninguém obriga nenhum devedor a ofertar suas garantias. O próprio potencial construtivo e o Centro de Treinamento também foram dados como garantias”, reforça o diretor da Fomento. A indicação do imóvel partiu do Furacão, pois o clube considera que a penhora da praça esportiva não afeta o seu funcionamento, ao contrário de outras receitas.
A contestação do Atlético para o não pagamento da dívida é de que a Fomento cobra o valor que deveria ser divido entre a prefeitura e o governo estadual, firmado no acordo tripartite para as reformas na Baixada. Mas o banco de crédito alega que o acordo não envolve a instituição e esta é uma questão que deve ser resolvida pelo administração atleticana.
O Furacão pede que as três partes dividam o valor final da obra, de R$ 354 milhões, e não a quantia inicial, de R$ 184 milhões. “O Atlético quer pagar a Fomento. Mas a Fomento está cobrando do Atlético a parte que cabe ao estado e à prefeitura também”, reclama o advogado do clube, Luiz Fernando Pereira. “A Fomento quer que se pague o financiamento integral, independentemente de estado e prefeitura cumprirem suas partes”, reforça.
Suss rebate: “O financiamento foi firmado pela CAP/SA. O acordo tripartite é uma situação que o Atlético cobra do Município e do Estado do Paraná. A forma como o clube vai se capitalizar cabe exclusivamente a CAP/SA e não a Fomento [fonte do empréstimo]”, contesta Suss.
O diretor jurídico também diverge Pereira, que declarou à Gazeta do Povo que a Fomento Paraná poderia falir caso a Justiça determine o não pagamento da dívida atleticana.
“Não existe nenhuma possibilidade disso acontecer. Nós tivemos um lucro liquido de R$ 101 milhões no ano passado e valores estimados de R$ 127 milhões para 2017. Nosso patrimônio é de R$ 1,5 bilhão. O empréstimo foi feito através do nosso Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que também situação financeira extremamente sólida. Esse risco não existe em hipótese alguma”, reforça.
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