A contratação do lateral-direito Alessandro pelo Atlético , em maio, causou surpresa. Consagrado como campeão brasileiro em 2001, convocado para a seleção brasileira, o jogador voltava ao CT do Caju após 11 anos, aos 37, vindo de duas temporadas pelo Metropolitano de Blumenau.
Na apresentação, via site, a diretoria do Rubro-Negro se apressou em esclarecer que o Praguinha, como ficou conhecido, havia sido contratado “sem custos”. Salário especulado: R$ 15 mil por mês.
Ainda de acordo com o clube, o atleta manteria a forma nas instalações rubro-negras até que surgissem “propostas vantajosas”. Seis meses e nenhuma “proposta vantajosa” depois, Alessandro ainda não jogou com o time titular. Ficou no banco uma vez. A inatividade pelo Brasileiro não significa que o herói não tenha feito nada – ao contrário. Relembrando o palhaço das Balas Zequinha (personagem clássico paranaense que aparecia em figurinhas realizando todo tipo de atividade), Alessandro fez de tudo nesta segunda passagem pelo clube. Veja:
Altruísta
Alessandro participou de duas boas ações como uma espécie de “embaixador” do Atlético. Em julho, atendeu ao apelo da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba e participou da campanha “Doe Sangue pelo Esporte”. Em outubro, visitou no Hospital Pequeno Príncipe o atleticano João Breno, de 13 anos. “Às vezes, é em um simples gesto que podemos deixar uma criança feliz”, declarou o lateral-direito, ao site do clube.
Professor
Uma das justificativas para a contratação do campeão de 2001 foi dar experiência aos mais jovens. Revelado pelo Furacão, Alessandro passou ainda por Atlético-MG e Botafogo, entre outras equipes. Com a camisa do Rubro-Negro foi convocado para a seleção brasileira; fez três jogos com a amarelinha.
Bancário
Desde que voltou, Alessandro foi convocado para apenas uma partida do time principal, pelo técnico Milton Mendes, contra o Figueirense, em Florianópolis. O jogador que defendeu o clube 93 vezes no Nacional na primeira passagem, passou os mais de 90 minutos do empate por 1 a 1 sentado no banco.
Cabo eleitoral
Funcionário do Atlético, Alessandro virou cabo eleitoral da chapa CAPGigante, do atual presidente Mario Celso Petraglia. Posou com a camisa do grupo ao lado de outros campeões de 2001: Cocito, Rodriguinho, Fabiano (também funcionário do Furacão), Gustavo e Rogério Sousa. O lateral que tinha como trunfo o apoio participou também do processo eleitoral em 2011, igualmente na campanha de Petraglia.
Comentarista
Alessandro também deu uma de comentarista no site oficial do Furacão. O clube aproveitou a experiência do atleta pela seleção brasileira para ouvir dele uma análise do duelo do Brasil com a Colômbia, pela Copa América, em junho. “Para o segundo jogo, com certeza a seleção vai estar mais bem mais preparada para conseguir um bom resultado”, previu. O Brasil perdeu por 1 a 0 para os colombianos, gol de Jeison Murillo. Neymar foi expulso.
Relações públicas
Com a equipe principal disputando o Brasileiro, o Atlético destacou um time “alternativo” para representar o clube em um evento no exterior. Assim, Alessandro viajou em agosto com o Furacão para a Eslováquia, para o amistoso de inauguração da City Arena, em Trnava, contra o Spartak Trnava. O Rubro-Negro venceu por 2 a 0, gols de Giovanni e Dellatorre, e Alessandro entrou no intervalo. Foi a única chance de atuar no retorno ao clube.
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