De folga nessa segunda-feira (14), dois dias após marcar contra o PSTC seu segundo gol em dois jogos pelo Atlético, o atacante Pablo passou a tarde procurando apartamento com a esposa em Curitiba.
Reintegrado ao elenco rubro-negro no início de 2016, após um ano no Cerezo Osaka, do Japão, o jogador de 23 anos não sabia se permaneceria no Furacão ou se seria emprestado pela quinta vez em quatro anos – o Figueirense, onde teve duas passagens, o queria novamente. Por isso, optou por ficar um tempo na casa dos pais até encontrar uma resposta. Na sua cabeça, porém, a intenção sempre foi permanecer no CT do Caju, onde desembarcou em agosto de 2006, no time infantil.
“É claro que dois jogos é pouco tempo, mas espero mostrar durante o ano que tenho capacidade de vestir essa camisa. Devo essa resposta ao clube. Devo gols e assistências”, diz o camisa 92.
Guia do Atletiba: 10 coisas para ficar de olho no clássico de domingo
Leia a matéria completaPablo estreou cedo no time principal atleticano. Em 2010, aos 17 anos, já fazia parte do elenco. Só que sua carreira nunca deslanchou na capital paranaense.
Em 2012, por exemplo, jogou todo o Paranaense como lateral-direito à pedido do técnico uruguaio Juan Ramón Carrasco. Experiência que o fez crescer como profissional, mas que não repetiria. “Hoje não seria lateral. Aquilo me ajudou a aprender a marcar, mas minha função é aberto pela direita, esquerda ou pelo centro. Consigo fazer bem essas três posições e a de centroavante”, explica o londrinense, que foi comandado pelo recém-contratado técnico Paulo Autuori no Japão.
Forlán e Cristiano Ronaldo
Em Osaka, onde sempre era tietado pelas fãs japonesas nos treinamentos (todos são abertos ao público), o paranaense também fez dois grandes amigos: o atacante uruguaio Diego Forlán e o avante Cacau, brasileiro que defendeu a Alemanha na Copa de 2010.
“O Forlán virá para meu casamento no fim do ano. Morávamos no mesmo condomínio. Aprendi muito com ele. Tem 37 anos, mas trabalha como um louco. O Cacau é meu conselheiro, toda hora está mandando mensagem”, conta.
Mas foi na Espanha, em 2014, que o atacante acredita ter descoberto a diferença entre ser jogador de futebol e atleta profissional. Em seis meses no Real Madrid B, teve a oportunidade de treinar com o português Cristiano Ronaldo e outras estrelas.
“Foi um convívio fantástico. Lá aprendi a ter a mentalidade de atleta. Durmo cedo, como bem, me cuido. E no Atlético há toda essa estrutura de futebol europeu também”, elogia. “Voltei amadurecido e pronto para aproveitar minha chance”, fecha.
Deixe sua opinião