O experiente técnico Paulo Autuori chega à segunda partida da final do Campeonato Paranaense, neste domingo (7), às 16 horas, no Couto Pereira, ostentando posição privilegiada no Atlético.
Especialmente para os padrões do clube, marcado pela alta rotatividade de técnicos em seu banco de reservas. Após duas derrotas consecutivas de difícil assimilação na Baixada, para Coxa e San Lorenzo-ARG, ambas por 3 a 0, Autuori segue inabalável.
E nada indica que o resultado final do Atletiba possa alterar o panorama de tranquilidade. “Não teve papo nenhum. Zero. Não há motivo para papo”, disparou, incomodado, ao ser questionado sobre uma possível conversa com a diretoria, após a série negativa.
LEIA MAIS: Atletiba encerra Estadual manchado por confusões dentro e fora de campo
Reflexos da alta credibilidade conquistada desde sua chegada, em março do ano passado, do alinhamento ideológico com a cúpula e do amplo projeto que lidera no Rubro-Negro.
Autuori tem papel que extrapola o comando técnico. Ele é o gestor do futebol do Furacão. É quem indica e afasta jogadores. É também quem prepara os auxiliares Bruno Pivetti e Kelly para, num futuro próximo, assumirem o time. Pivetti, aliás, vem comandando treinos e até jogos (no Estadual).
Com perfil contestador, Autuori também se notabiliza pelas entrevistas, que não raro assumem tom reflexivo e filosófico, abordando temas que ultrapassam os limites do futebol — como a política e a sociedade brasileira. Frequentemente, cita pensadores contemporâneos para balizar seus argumentos.
Um dos preferidos é o italiano Umberto Eco. Já antes do Atletiba, recorreu ao poeta e jornalista Mário Quintana. “A mentira é apenas a verdade que se esqueceu de acontecer”, parafraseou, para criticar parte da imprensa, a quem definiu como “oportunista”.
“O oportunismo é isso. Quando você sabe que não existe absolutamente nada, segura e espera para colocar as coisas quanto tem oportunidade. Isso é mediocridade”, analisou, quando indagado se possíveis problemas internos no elenco estão afetando o desempenho em campo.
Em sua chegada ao clube, o treinador avaliou o Atlético como uma “ilha de prosperidade no futebol brasileiro”. Agora, de fato, ele vem usufruindo do “ar rarefeito” do CT do Caju. “ Vim com o objetivo de formar jogadores e profissionais da área. E vai continuar assim até quando os que comandam o clube acharem que deve ser ou quando eu achar que deve ser. Simples como isso”, garante.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia