Três integrantes da torcida Ultras, do Atlético, foram presos na manhã desta quarta-feira (14), após deflagrada a “Operação Coringa” pela Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), da Polícia Civil. Eles são acusados de tentativa de homicídio pela agressão a dois integrantes da torcida rival, Os Fanáticos, no dia 9 de agosto, na Praça Ouvidor Pardinho, nos arredores da Arena da Baixada. O torcedor Willian André Pontes Assis, 19, teve traumatismo craniano e passou cinco dias internado. Naquele dia o Furacão recebeu o Sport pelo Brasileiro.
Foram apresentados na sede da Demafe Monaliza Fernandes Magalhães, de 26 anos, Alisson Bruno Cordeiro da Silva Nascimento, 20, e Maycon Douglas Schon dos Santos, 23. A polícia ainda procura por Ivan Cesário de Oliveira, 28, e Sadraque Paulino, de 19, que são considerados foragidos.
Atleticanos presos por briga debocham e ainda ameaçam: “Nós vai matar caveira”
Leia a matéria completa“Foram agressões de natureza grave, por isso a acusação de tentativa de homicídio. A juíza decretou a prisão temporária dos acusados por 30 dias e eles ficam aqui até a conclusão do inquérito, que será levado à juíza para julgamento”, contou o delegado Clóvis Galvão. Integrantes da torcida Os Fanáticos também estão sendo investigados por outras brigas registradas naquele mesmo dia.
No inquérito constam provas que responsabilizam todos os acusados. “A investigação demorou, pois temos que ter critério. Ouvimos testemunhas, colhemos provas para não cometer injustiças”, contou Galvão.
Ele lamentou que ainda sejam registradas brigas entre torcedores da mesma equipe. Mesmo assim, garantiu que a polícia vai punir quem pisar fora da linha. “Não vamos comentar os motivos pelos quais as torcidas se separam. Isso é problema deles e do clube. Nosso problema é apurar a responsabilidade criminal de quem quer que provoque o tumulto. Aqui não tem impunidade”, garantiu.
O delegado da Demafe admitiu que as brigas entre as torcidas do Atlético e a influência política na decisão de mantê-las separadas contribui para que o clima de animosidade persista. “Isso nos traz problemas nos dias de jogos. Nossa coirmã Polícia Militar tem separado as torcidas. É um absurdo ter que fazer um cordão de isolamento para que eles não se digladiem dentro do próprio estádio”, reclamou.
Apesar dos constantes conflitos entre torcidas organizadas, Galvão diz acreditar que a extinção não seja a solução. “Um erro não pode levar a outro. Não sou a favor da extinção das organizadas, mas precisamos separar o joio do trigo. Tirar o mau elemento, o baderneiro, e prender. A maioria não é bandido e não provoca tumulto. Mas quem for precisa pagar”, disse.
Assista ao vídeo da briga:
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