O embate jurídico travado entre o Atlético e a Fomento Paraná sobre a dívida das obras da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014 está próximo de um desfecho importante.
Segundo o advogado do Furacão, Luiz Fernando Pereira, a decisão a ser tomada em breve pelo juiz Guilherme de Paula Rezende, da 4.ª Vara da Fazendo Pública de Curitiba, onde o processo já corre há 525 dias, desencadeará uma das seguintes conclusões: o leilão imediato do estádio ou a falência da Fomento.
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“Se o juiz reconhecer os argumentos da Fomento, o estádio do Atlético vai a leilão. Se reconhecer os do Atlético, o clube não paga nada enquanto prefeitura e estado não cumprirem com o tripartite. E isso pode acontecer a qualquer momento”, explica Pereira.
“É preocupante. Acontecendo uma coisa ou outra, estamos próximos da tragédia. Ou o leilão do estádio, ou a falência da Fomento”, prossegue.
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Autarquia do governo do estado, a Fomento cobra o pagamento de uma dívida de R$ 226,1 milhões do Rubro-Negro, valor oriundo de empréstimos realizados para a reforma do estádio. O clube contesta os valores, baseado na divisão do acordo tripartite firmado entre Atlético, prefeitura e governo do estado para as reformas da Baixada para a Copa.
O Furacão pede que as três partes dividam o valor final da obra, de R$ 354 milhões, e não a quantia inicial, de R$ 184 milhões.
“O Atlético quer pagar a Fomento. Mas a Fomento está cobrando do Atlético a parte que cabe ao estado e à prefeitura também”, reclama Pereira. “A Fomento quer que se pague o financiamento integral, independentemente de estado e prefeitura cumprirem suas partes”, reforça.
Procurada, a assessoria de imprensa da Fomento afirma que a autarquia aguarda a decisão da Justiça e não se manifestará, mas esclarece que “não há a menor possibilidade de a Fomento Paraná falir em razão deste crédito”.