Mesmo com o mercado desfavorável, o Atlético não desistiu de vender o naming rights para a Arena da Baixada. O presidente Luiz Sallim admite a dificuldade de encontrar patrocinadores dispostos a adquirir o direito de estampar o nome do estádio atleticano.
“Nós estamos buscando insistentemente parcerias. Buscamos contato com empresas internacionais de diversas áreas e países. Também procuramos empresas brasileiras e empresários locais. Mas até agora não conseguimos. Está difícil para todo mundo”, lamenta Sallim.
Enquanto não consegue fechar o negócio, o clube utiliza o nome fantasia “Estádio Atlético Paranaense”, como foi divulgado nos eventos que o Furacão promoveu na Baixada. Sallim explica que a conjuntura do atual momento do Brasil não favorece e cita a mesma dificuldade para os outros clubes brasileiros.
“A situação do país realmente está complicadíssima. Tem crise política, econômica e isso afasta os grandes investidores. Você vê o Corinthians, que tem uma das marcas de maior exposição do Brasil, e ainda não conseguiu fechar nada. Ninguém quer arriscar neste momento”, analisa o cartola.
Enquanto os clubes brasileiros ainda penam para vender os nomes dos estádios, no exterior os naming rights estão consolidados. Na NFL, liga estadunidense de futebol americano, por exemplo, apenas cinco dos 31 estádios não tem naming rights. Já no Brasil, dos clubes que possuem estádio próprio na Série A, apenas o Palmeiras tem o batismo comercial em sua arena.
Além dos fatores ‘extracampo’, Sallim também cita o nível do futebol brasileiro. “Não podemos deixar de falar que o nosso futebol não ajuda, pelo próprio nível das competições. É difícil comparar nossa situação atual com as outras grandes ligas”, reconhece.
“Mas penso que para o próximo ano as coisas vão estar mais estáveis. Até o final da minha gestão nós vamos ter um naming rights. É um desafio que tenho”, promete Sallim, que assumiu a presidência no início deste ano e tem mandato até o final de 2019.
O Rubro-Negro foi o primeiro clube a assinar um naming rights no Brasil, quando fechou a empresa japonesa Kyocera, em março de 2005. O Joaquim Américo passou a ser chamado de Kyocera Arena e a negociação foi intermediada por Mario Celso Petraglia, homem-forte da diretoria atleticana na época, e que segue na cúpula do clube atualmente.
O acordo expirou em abril de 2008 e não foi renovado pelo Furacão, que pretendia aumentar os valores cobrados por causa da exposição da marca com a realização da Copa do Mundo de 2014 na Arena.
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