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O músico Jacob Baulhout Junior não costuma perder nenhum jogo do Atlético: estará nesta tarde no Ecoestádio para acompanhar o confronto com o Nacional | Henry Milleo/Gazeta do Povo
O músico Jacob Baulhout Junior não costuma perder nenhum jogo do Atlético: estará nesta tarde no Ecoestádio para acompanhar o confronto com o Nacional| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Nacional

Em situação desesperadora, o Nacional enfrenta o Atléti­­co com a esperança de conquis­­tar sua primeira vitória na com­­petição. O único ponto veio con­­tra o Rubro-Negro, no em­­pate por 1 a 1, na segunda ro­­dada do torneio (24/1). Dois téc­­nicos depois – Carlos Nu­­nes foi demitido e Richard Mal­­ka pediu a conta –, o NAC pre­­cisa de um milagre para es­­capar da degola. Está 12 pon­­tos atrás de Operário e Toledo, os primeiros salvos da ZR. A formação é a mesma que perdeu para o Paraná no domingo.

O ritual é sempre o mesmo. Em dias de jogos do Atlético, o músico Jacob Baulhout Junior, de 35 anos, abre o guarda-roupa, escolhe uma camisa da coleção e parte, com pouco mais de uma hora de antecedência, para o estádio. Lá, ao lado dos amigos, entra na rodinha de conversa sobre o time.

"Todo bom atleticano gosta de dar uma cornetada, né?", fala Baulhout, que raramente perde uma partida do clube do coração, seja em Curitiba ou na estrada. Hoje, às 15h30, estará no Ecoestádio para apoiar o Rubro-Negro diante do Nacional. Será um dos poucos que não falham para estar ao lado do time, mesmo que seja para ver a equipe sub-23.

"Jogar aqui [Ecoestádio], à tarde, no horário comercial, quando todo mundo está trabalhando, é complicado", confirma o músico. "Muita gente queria estar no jogo, como eu, mas não pode por causa do trabalho", continua ele, em defesa dos ausentes.

O público que vai ao Jan­­guito, especialmente durante a semana, é formado basicamente por jovens, estudantes, aposentados e profissionais cujo horário de trabalho é flexível. No único confronto disputado nessas condições em 2013, contra o Paranavaí, o número de fãs nas arquibancadas foi 29% menor do que a média como mandante, que é de 2.804 (ver gráfico).

A campanha do sub-23 também não ajuda. No somatório dos dois turnos, a equipe de Arthur Bernardes, além de não mostrar um futebol vistoso, tem apenas 17 pontos em 12 jogos, com três vitórias, dois empates e uma derrota no Ecoestádio.

"Sempre que dá a gente tenta mudar uma coisinha para ir aos jogos", atesta o estudante Vinícius Sampaio Furlan, 20 anos, outra presença garantida contra o Nacional. "Não é a mesma coisa [ver o sub-23] porque não é a mesma qualidade, não é a principal vitrine do Atlético durante o ano, mas temos de tratar como se fosse igual porque é a camisa que está jogando. É o Clube Atlético Paranaense. Comemoro igual", frisa.

O jatista Adair Marques, 24, sócio-torcedor há cinco anos, não foge à regra e normalmente ficaria impossibilitado de assistir aos confrontos de meio de semana. Ele, que só irá ao jogo hoje por estar de férias, não vê a hora de voltar para casa. "A Arena faz toda a falta. O Ecoestádio está na contramão, é longe. Mas por enquanto é o que tem", afirma.

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