Geninho na festa rubro-negra
Pessoas ligadas à antiga administração do Atlético, liderada por Marcos Malucelli, comemoram ontem, em uma churrascaria da cidade, o aniversário de 89 anos do Rubro-Negro. O grande destaque do evento foi o técnico Geninho (foto), campeão brasileiro pelo clube em 2001. Já no evento oficial do Furacão, também realizado ontem, mas em São José dos Pinhais, não foi permitida a cobertura da imprensa.
Embalado pela eficiência de seu ataque o mais positivo do returno do Paranaense ao lado do Operário, com 11 gols , o sub-23 do Atlético tem hoje, às 20h30, no Waldemiro Wagner, mais um teste para seguir na briga para estar na decisão do Estadual. Contra o ameaçado Paranavaí, a grande esperança de gols está na dupla Douglas Coutinho e Crislan.
Os números da parceria chamam atenção. Em apenas três partidas, o Rubro-Negro marcou seis gols com os atacantes em campo. A média de dois tentos por jogo supera a estatística da equipe sem eles em 13 duelos, 17 bolas na rede (1,3 gol/jogo). O zagueiro Bruno Costa e os meias Zezinho e Marcos Guilherme também deixaram suas marcas uma vez cada no returno, assim como o avante Edigar Junio.
Artilheiro atleticano na temporada com oito gols, Coutinho, 19 anos, tem duas características marcantes: velocidade e finalização precisa. Não exibe técnica fora do comum, mas seu faro de gol garantiu uma futura oportunidade na equipe principal, além de belos gols de fora da área.
Por outro lado, Crislan, 21, parece completar o parceiro ofensivo. Alto (1,88 m) e com presença de área, ele estreou como titular no clássico com o Paraná. Ganhou a confiança do técnico Arthur Bernardes e não perdeu mais a camisa 9.
Além da dupla de ataque, o Paranavaí precisa se preocupar com outro predicado do sub-23 atleticano. Apesar de ter penado no início da competição, a jovem equipe tem mostrado físico e disposição de sobra, tanto que dos 24 gols marcados, 9 aconteceram nos minutos finais de cada tempo.
Cinco deles, inclusive, saíram nos instantes derradeiros dos confrontos. Mais um perigo para o Paranavaí, que ainda não venceu no returno do Estadual. "É um jogo difícil para a gente. O Atlético fala que é time B, mas a gente sabe da qualidade e estrutura deles. Eles só não podem ter mais vontade do que a gente", pede o diretor de futebol do ACP Lourival Furquin.
"A gente fez um jogo bom com eles em Curitiba e empatou no primeiro turno [0 a 0]. Mas deu para ver a qualidade deles", acrescenta o dirigente, que se viu obrigado a demitir dois técnicos em 2013. Antes de Zé Maria, o time do Noroeste, dono da terceira pior defesa do torneio, também foi comandado por Ney César e Zezito.
Rebaixamento
A seis rodadas do fim do Paranaense, o Paranavaí vive situação delicada na luta contra o rebaixamento. Com 15 pontos, na oitava colocação, o Vermelhinho tem a mesma pontuação de Rio Branco e Toledo e tem vantagem mínima para o Cianorte, primeiro time da zona da degola. O Nacional, que tem somente um ponto, está virtualmente relegado à Série Prata. "Sabemos que nosso momento é difícil, mas estamos tranquilos. O campeonato está muito indefinido. Mesmo sem ganhar há seis jogos, ainda estamos em oitavo", diz o diretor de futebol do clube Lourival Furquin. "Está ruim para a gente, mas também para as outras equipes nessa mesma situação", completa.