Festa atleticana no Gigante do Itiberê: sem pressão, time sonha em brigar pelo returno| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Bruno Costa é herói na defesa e no ataque

Bruno Costa foi herói na defesa como foi em poucas oportunidades pelo Atlético. E herói no ataque como jamais tinha sido. Criado nas categorias de base do Furacão, o jogador assegurou a vitória sobre o Rio Branco e fechou em grande estilo uma semana complicada, em que quase ficou fora da partida.

Com fortes dores lombares, Bruno Costa só foi treinar no campo na sexta-feira. Sua escalação, como de praxe no Furacão, só foi anunciada menos de uma hora antes da partida. Confirmação que garantiu a ele a condição, ao lado do goleiro Santos, de ter disputado todos os confrontos do clube no Estadual – Héracles, suspenso, perdeu o 100% ontem.

Em campo, Bruno Costa não deixou dúvidas de que estava totalmente recuperado. Em dois chutes de Marcelo Tamandaré no primeiro tempo, foi o anjo da guarda de Santos. Na primeira, o goleiro até triscou na bola, tirando sua potência e facilitando o trabalho do zagueiro. Na segunda, o chute ia direto para o gol até encontrar a cabeça do camisa 4, a poucos metros da linha.

Dois momentos extremos de uma partida em que ele foi exigido o tempo todo para afastar a bola da área. E que acabou decidida pelo zagueiro, em um escanteio mal cobrado pelo estreante Crislan que a zaga do Rio Branco não conseguiu afastar.

"Fico feliz pelo gol e principalmente pela vitória. Sabíamos que seria um jogo difícil, em um gramado pesado e com o calor intenso. Mas deixamos isso de lado e saímos com os três pontos. Superar essas dificuldades foi muito importante", disse o capitão de sempre – e herói da vez – no sub-23 atleticano.

CARREGANDO :)

Três vitórias em quatro jogos. O jovem time escolhido pelo Atlético para a disputa do Campeonato Paranaense confirmou, ontem, em Para­­naguá, seu melhor momento na temporada. A vitória por 2 a 1 sobre o Rio Branco, no Gigante do Itiberê, primeira como visitante, põe o time entre os primeiros colocados na largada do returno. E diante de uma tabela capaz de, dentro de duas rodadas, mantê-lo na briga pela conquista do returno.

Publicidade

Serão dois jogos consecutivos em Curitiba. Na quinta-feira, o Furacão recebe o lanterna Nacional. No fim de semana, faz um provável confronto direto pela ponta contra o Paraná, na Vila Capanema. A chance de entrar de cabeça na disputa pela vaga na final, sem ter a mesma pressão que os rivais de erguer o título estadual.

"Essas vitórias em se­­quência dão uma confiança e ânimo para os atletas e para a equipe para chegar lá num clássico de igual para igual", disse o técnico Arthur Bernardes, que reconheceu o domínio do adversário durante a maior parte do confronto. "O futebol tem suas surpresas. Não fizemos uma boa partida, mas ganhamos. Erramos passes bobos e quando estamos mal tecnicamente, a parte física sofre. Foi o que aconteceu."

O bom momento foi construído pela definição de um padrão de jogo. A defesa sólida, com duas linhas bem próximas, passou a ser complementada por criação (Harrison e Zezinho) e velocidade (Douglas Coutinho e Júnior Barros). Sinal claro do encaixe do quarteto foi a marcação individual recebida por todos eles no Gigante do Itiberê. No único momento em que conseguiu superar a forte blitz, o Atlético fez 1 a 0, em jogada de Harrison para Zezinho, que sofreu – e converteu – pênalti nos minutos finais do primeiro tempo.

O Rio Branco marcou forte e pressionou, especialmente no início dos dois tempos. Fez apenas um gol, com Valdir, porque encontrou uma defesa sólida e um capitão extremamente atento. Bruno Costa salvou o Atlético duas vezes, em dois chutes de Marcelo Tamandaré que Santos não conseguiu segurar. Ainda apareceu no ataque, nos acréscimos, para assegurar a vitória rubro-negra.

O desempenho do zaguei­­ro simbolizou o que foi o Atlé­­tico em Paranaguá: muita dedicação e aproveitamento quase total das chances de ataque. "Tem de ser na força e na garra", sintetizou o lateral-direito Renato, que tomou o terceiro amarelo e não enfrenta o Nacional. Volta no clássico de domingo. Jogos em que Arthur Bernardes espera ver o time rendendo mais.

Publicidade

"Temos pouco tempo para corrigir as falhas, precisamos melhorar nosso nível técnico de passe para não dar tanto susto no torcedor, que precisa comparecer ao estádio para nos apoiar. Vamos jogar dentro de casa, temos condições de fazer muito diferente do que fizemos hoje [ontem]", disse o treinador.