Campeão pela última vez em 2009, o Atlético carrega seu jejum de títulos como um importante ingrediente da final do Paranaense – o primeiro de dois duelos com o rival Coritiba é neste domingo (1.º), às 16 horas, na Arena da Baixada.
No período sem conquista, o Furacão virou o ‘campeão dos vices’ do Brasil. O clube foi derrotado nas últimas quatro finais que disputou, além de terminar duas vezes na segunda colocação do Estadual quando o regulamento não previa jogos decisivos. A maior derrota foi diante do Flamengo, na decisão da Copa do Brasil de 2013, confronto que valia um título nacional.
Contando a frustração recente na final da Primeira Liga, quando o troféu ficou nas mãos do Fluminense, são seis vice-campeonatos rubro-negros nos últimos sete anos, dois a mais que qualquer outro integrantes da Série A em 2016. Atlético-MG, Fluminense, Grêmio e Vitória vêm empatados em segundo lugar no ranking, com quatro vices cada no mesmo espaço de tempo.
Dentro do CT do Caju, a pressão por uma taça é tão intensa quanto da torcida. “Estamos com o título entalado”, avisou o goleiro Weverton após o Atlético se garantir na final estadual, domingo (24), ao eliminar o Paraná nos pênaltis.
O discurso reproduzido pelo elenco é o mesmo que ressoa da diretoria. Em dezembro do ano passado, antes mesmo de se eleger presidente, Luiz Sallim Emed, já colocava as conquistas como prioridade em seu mandato.
“O Atlético já é um clube campeão, o projeto do Atlético já é campeão, a Arena é campeã, falta pôr a faixa”, avaliou o dirigente na época, em entrevista à Gazeta do Povo.
A sina de morrer na praia, porém, é combustível para os atleticanos contra o Coxa. Ainda mais por causa do retrospecto diante do principal adversário.
Nos últimos dois clássicos que decidiram o Paranaense, o Furacão caiu diante do Alviverde (2012 e 2013). Nas duas temporadas anteriores, o revés aconteceu na penúltima rodada, em partidas que acabaram sendo cruciais para o desfecho dos torneios sem mata-mata.
Pela história do Atlético, o técnico Paulo Autuori confirma a importância de acabar com o jejum no Estadual. “Já fui perguntado várias vezes e já assumi isso, o nosso momento é para ganhar o título sim”, confia o comandante.