Uma vitória contra o Prudentópolis neste sábado (25), a partir das 18h30 no Estádio Newton Agibert, salva o Atlético de qualquer risco de rebaixamento. Com 7 pontos, um triunfo levaria o Furacão a 10, só podendo ser alcançado por um dos outros dois adversários, Rio Branco e Nacional – ambos somam 5 e duelam no dia seguinte.
A salvação, porém, não vai apagar o vexame atleticano e nem mascarar a necessidade de mudanças. A vitória deve desencadear uma aguardada reformulação do time para o Brasileiro e a Copa do Brasil. Atualmente, o grupo conta com 33 jogadores, mais cinco peças recém-chegadas: Walter, Jadson, Kadu, Ytalo e Matheus Ribeiro.
O técnico Milton Mendes, que assumiu o time na terça-feira (21), admitiu o inchaço do elenco e deve coordenar, junto com o departamento de futebol, sua reformulação. Só depois de completar a missão no Paranaense.
“Não vou falar sobre reforços. Estou contente com o grupo. Vamos trabalhar com eles, levantar o astral deles”, falou, adiando a adoção de um discurso mais duro.
Para alguns atletas, esta partida contra o Prudentópolis, e a próxima contra o Nacional, são consideradas as últimas chances de convencer o comandante. Quem não ganhar a confiança do treinador pode reforçar o esvaziado time sub-23 – hoje com nove atletas – ou mesmo ser emprestado.
Os reflexos da tensão pela incerteza do futuro e do abalo psicológico que os tropeços e a disputa do Torneio da Morte causaram são alguns dos temas com os quais o técnico Milton Mendes terá de lidar.
Com perfil diferente de seu antecessor Enderson Moreira, que tinha um temperamento explosivo à beira do gramado, o novo dono da prancheta rubro-negra garante que é preciso tato para não deixar o time esmorecer.
“Tem momentos que o jogador tenta fazer tudo da melhor forma possível, mas às vezes não sai bem como ele esperava. Por isso precisa de mais de um orientador do que uma pessoa que brigue, discuta e xingue”, afirmou.
A preleção preparada para o jogo deste sábado deve ter vários ingredientes motivacionais. Para o preparador físico Ênio Siqueira, que trabalhou com Milton na Ferroviária, garante que é nessa hora que o trabalho do treinador mais aparece.
“Ele faz os jogadores refletirem, interagirem e participarem. Fala com os caras não só como jogadores, mas como homens”, afirmou.