Time tem maior valorização do Nacional
A ascensão que fez o Atlético sair da zona de rebaixamento e chegar ao G4 no primeiro turno do Brasileiro se reflete não só na tabela, mas também no caixa rubro-negro. Segundo estudo da Pluri Consultoria, especializada em pesquisa de mercado do futebol brasileiro, o elenco atleticano teve valorização de 14% com o fim da janela de transferência de jogadores para o exterior, a maior valorização de todos os times do Nacional.
"Apenas cinco clubes conseguiram sair da janela com um valor de mercado maior. No Atlético, o Marcelo se valorizou muito rápido, o Éderson também, a do Everton foi absurda", admite Fernando Ferreira, diretor da Pluri. A chegada de Marco Antônio e Dellatorre e a manutenção do elenco também colaboraram para o Furacão ter este bom desempenho, saindo de 14.º para 11.º elenco mais caro do Brasil.
Ferreira argumenta também que o fato de o Atlético não ter jogado o Campeonato Paranaense com o time principal fez com que o mercado não prestasse tanta atenção nos rubro-negros.
Atrás do Atlético, os únicos times que tiveram o elenco valorizado foram o Cruzeiro (10%), a Portuguesa (7%), o Bahia (6%) e o Vasco (1%). Já o elenco do Santos, com a saída de Neymar, Rafael, Felipe Anderson, Patito e Miralles, foi o que mais perdeu, com uma desvalorização de 61%.
Robson Martins
Vestiário
Ótima atuação tira Mérida do ostracismo
Fran Mérida, enfim, deixou de ser invisível no elenco do Atlético. Ontem, na terceira aparição do meia espanhol pelo clube, ele marcou, de carrinho, o gol que iniciou a reação contra o Flamengo. Elogiado por Vagner Mancini, que qualificou como ótima a estreia do camisa 21 no Brasileiro, o ex-jogador de Barcelona e Arsenal comemorou a oportunidade.
"Acho que foi um jogo importante para mim e também para o time. Conseguimos virar um jogo que não começamos bem. Faltou concentração, mas mostramos caráter, comprometimento. Fico muito feliz", comentou, em bom português.
Antes dos 79 minutos jogados ontem, Mérida havia disputado apenas 40 minutos com a camisa rubro-negra, contra Brasil-RS e América-RN, pela Copa do Brasil. Ele substituiu o veterano Paulo Baier, vetado.
Uma nova história para um novo Maracanã. O Atlético, que nunca havia vencido o Flamengo nos 11 duelos anteriores disputados no maior palco do futebol mundial, acabou com a escrita ontem, de virada, por 4 a 2. Resultado que mantém o time no quarto lugar do Brasileiro, agora com os mesmos 38 pontos do terceiro colocado Grêmio, e recoloca os atleticanos no prumo após somar somente dois dos últimos nove pontos possíveis. A reviravolta no placar ainda custou o cargo do técnico Mano Menezes, que pediu demissão após a derrota.
O péssimo começo de ontem, porém, levava a crer que o tabu perduraria e com facilidade. "Entramos desatentos, a 5 km/h. O Flamengo fez dois gols e teve chance de fazer quatro", resumiu o técnico Vagner Mancini. "Espero que tenhamos aprendido que esse tipo de atuação pode jogar fora uma campanha muito boa", alertou.
O Furacão sofreu uma pane geral antes mesmo de o relógio dar duas voltas completas. Com um minuto e meio, Hernane marcou de cabeça, na pequena área, aproveitando-se de uma defesa apática. Luiz Antônio tratou de acabar com o plano de jogo paranaense aos 7/1º, quando acertou chute da entrada da área.
O Atlético, que pretendia atuar com a velocidade dos contra-ataques a seu favor, era quem sofria com lances rápidos do time carioca. O goleiro Weverton e também o travessão evitaram um início ainda mais desastrado.
Só a partir do gol do espanhol Fran Mérida (20/1º), nascido em jogada individual de Marcelo, que os visitantes começaram a sair das cordas. "Demoramos para entrar no jogo e deixamos os caras jogarem. Ficamos uns 20 minutos nos defendendo, errando passes. Mas depois conseguimos igualar", resumiu o meia Everton.
A participação do técnico foi fundamental para a vitória. O atacante Dellatorre, que entrou no intervalo, empatou (8/2º) após assistência de Everton. Roger, que substituiu Éderson, deu o passe para Marcelo virar (32/2º). O próprio camisa 88, que fazia sua segunda partida pelo clube, ampliou após escanteio (35/2º).
"No segundo tempo, foi o Atlético que todos conhecem. Fizemos um grande jogo e conseguimos uma grande virada. Temos que pensar na Ponte Preta, domingo, para buscarmos nossa afirmação no G4", pediu Roger.
O descanso extra foram inéditos quatro dias desde a derrota para o Cruzeiro, sábado passado também foi importante para a virada. No segundo tempo, o time sobrou fisicamente e teve força para vencer. "A postura foi diferente [na etapa final]. Conversamos no vestiário e conseguirmos imprimir nosso ritmo. Deu no que deu", fechou o zagueiro Luiz Alberto.
Demissão
A virada sofrida para o Atlético, ontem, no Maracanã, custou o emprego do técnico Mano Menezes. Ele não aguentou a pressão e se demitiu do Flamengo, onde estava desde a parada da Copa das Confederações. "Estávamos fechando um ciclo de quatro meses e senti, no resumo do jogo, que não consegui passar para esse grupo aquilo que penso de futebol. E quando é assim, é porque o técnico precisa sair", falou o gaúcho, que deixa o Fla com 41% de aproveitamento em 17 partidas no Brasileiro. O time é o 15º colocado, a dois pontos da zona de rebaixamento.
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