Criticada por causa do início hesitante no Brasileirão, a decisão do Atlético de preservar o grupo principal do campeonato estadual está sendo revista para 2014. A diretoria negocia para que o Furacão jogue um estadual ano que vem. Não o Paranaense com a camisa rubro-negra, mas o Carioca pelo Duque de Caxias.
O envio de um elenco inteiro de jogadores está sendo conduzido por Mario Celso Petraglia com o presidente do clube da Baixada Fluminense, Luiz Carlos Arêas. Tratada ainda como possibilidade pelo Duque, a cessão do grupo titular é considerada certa nos bastidores rubro-negros.
"Isso aí eu não posso te afirmar se vai ser o grupo sub-23, o principal... O Petraglia é quem vai determinar. Não tem nenhuma restrição a nada. A gente está aberto para cooperar. Quem está ganhando mais com a parceria é o Duque. O Atlético é uma potência do futebol brasileiro. Tudo que vier somar será muito bom para nós. Não tem nada descartado", afirmou Arêas, à Gazeta do Povo, por telefone.
Com o envio do elenco principal, repetiria-se no Paranaense a estratégia deste ano, quando o Sub-23 defendeu o Atlético no Estadual e foi vice. Caso o Sub-23 vista a camisa do Duque, abriria-se espaço para a concretização de uma ameaça feita por Petraglia entre as finais da edição de 2012, de usar uma equipe Sub-18 na disputa local. Ou, em última instância, o uso do time titular em ao menos parte da competição doméstica.
A ideia é o Atlético mandar pelo menos 20 jogadores, mais comissão técnica para o Rio. Em troca, o Duque daria preferência na aquisição de atletas das categorias de base. As duas equipes trabalhariam em conjunto na captação e lapidação de valores na Baixada Fluminense, região com 3,5 milhões de habitantes, mas que tem apenas o Fluminense (com o CT de Xerém), o Tigres e o Duque atuando no futebol profissional. "A ideia do Atlético é colocar os jogadores em visibilidade, fazer uma base forte e ter na gente um parceiro para a captação de atletas. O presidente [Petraglia] teve a visão de que aqui poderia descobrir vários talentos", afirmou Arêas.
A parceria foi sugerida pelo empresário Santiago Gerardo. Dono da Holding Sports, foi ele quem colocou Pedro Botelho e Fran Mérida no Rubro-Negro. O agente Fifa também cuida da carreira do volante/lateral Renato, que disputou o Paranaense, e de atletas do Duque.
Petraglia gostou da ideia da parceria e pediu a Gerardo que marcasse um encontro com a diretoria carioca. Luiz Carlos Arêas esteve em Curitiba mês passado, acompanhado do deputado federal Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias e presidente de honra do clube. Eles conheceram o CT do Caju e visitaram a obra da Baixada.
Há duas semanas, Petraglia retribuiu a visita. Arthur Bernardes, técnico do Sub-23 no Paranaense, também esteve na sede do Duque, clube que treinou em 2011. "Ainda não deu para fazer a formatação definitiva da parte estrutural, como vai fazer. É uma mudança muito grande trazer 20 atletas com pessoas responsáveis por eles. A conversa está bem adiantada e acredito que no Carioca do ano que vem a parceria estará funcionando", projeta Arêas.
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