Zagueiro atleticano Willian Rocha lamenta enquando gremistas festejam o gol de Barcos no fim da partida| Foto: Lucas Uebel / Divulgação Grêmio

O Atlético completou um mês sem vencer no Campeonato Brasileiro da forma mais dolorosa possível. Respaldado por uma sólida atuação defensiva, o Furacão teve as duas melhores chances do brigado jogo na Arena do Grêmio até os 47 minutos do segundo tempo. Foi quando a única falha da zaga, uma desatenção de Cléberson, permitiu a Barcos dominar, girar e marcar o gol da vitória gremista por 1 a 0. E desencadear a contabilidade pelo aniversário do último triunfo, o 2 a 0 sobre o Botafogo, no Dia dos Pais.

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Quando venceu os cariocas na Baixada, o Furacão subiu para a sétima posição, a quatro pontos do G4 e nove da ZR. Três empates e três derrotas depois, o Rubro-Negro é o 13.º, com 25 pontos. Agora é a faixa da Libertadores que está a nove pontos, enquanto o grupo da confusão está a cinco. Doriva foi embora, Leandro Ávila durou uma rodada como interino, a defesa tornou-se motivo de pânico para os atleticanos, a juventude do time virou um problema e Marcelo pareceu cada vez mais distante das duas últimas ótimas temporadas.

Ontem ficou evidente que o Atlético encontrou o caminho para voltar a vencer. Em uma semana de trabalho, a ser completada hoje, Claudinei Oliveira achou uma solução improvável para a defesa. O lateral-esquerdo Willian Rocha, improvisado na zaga, onde atuou no início da carreira, arrumou o setor. Anulou Barcos, que só conseguiu finalizar quando teve outro marcador — Natanael, no primeiro tempo, e Cléberson, no lance do gol. Também deu mais racionalidade à saída de bola no Atlético.

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"Optamos pelo Willian porque queremos que o time tenha mais posse de bola, ponha mais a bola no chão. Ele fez um grande jogo junto com o Cléberson", afirmou Claudinei. "Sempre joguei como zagueiro e lateral, então nunca deixei de ser zagueiro. Acredito que fiz uma partida segura. Sentimos muito a derrota, mas foi uma das melhores atuações da nossa equipe neste Brasileiro", reforçou o zagueiro da vez.

A análise de Willian não tem exagero nenhum. O jovem Atlético foi maduro na troca de passes e no controle do jogo. Evitou a pressão inicial do Grêmio e foi fiel à proposta de contra-ataque. Dessa maneira, teve duas chances claras de gol, em cabeceios de Marcelo (fora) e Dellatorre (defesa de Marcelo Grohe). Mal nos últimos jogos, Marcelo ainda assustou em um chute de fora da área e provocou dois cartões amarelos do adversário.

Domingo, às 18h30, contra o Vitória, na Arena, o Atlético tentará dar o passo que falta para voltar a ganhar no Brasileiro.

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