Atlético desafia horário comercial

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Ainda não é a Arena da Baixada, mas a partir de amanhã, contra o Boa, às 15 horas, o Atlético volta a mandar seus jogos em Curitiba. O palco eleito e reformulado para atender ao regulamento da Série B – capacidade mínima de 10 mil lugares – foi o Ecoestádio. Só que, apesar de retornar à capital, os jogadores do Furacão devem seguir recebendo pouco apoio vindo das arquibancadas. O motivo: jogos marcados em dias úteis e em pleno horário comercial.

Em virtude da falta de iluminação artificial no Janguito Malucelli, dos nove jogos que tem pela frente até o final do ano, cinco serão realizados no meio da tarde, às 15 horas, ou na terça-feira ou sexta-feira – além de Boa, terá pela frente CRB, Avaí, Guarani e América-RN em dias de semana.

Somente quatro, inclusive o clássico com o Paraná na última rodada, estão programados para sábado.

A promessa é que em 30 dias, o grupo J. Malucelli, responsável pela praça esportiva, comece a implantar refletores. Porém, não se sabe se haverá tempo suficiente para o uso noturno do local neste ano.

A média do Rubro-Negro no Gigante do Itiberê em nove partidas foi de 2.419 pagantes, curiosamente muito próxima do alcançado nos três jogos que o Atlético mandou no próprio Ecoestádio, ainda durante o Paranaense: 2.459 pagantes. Sinal de que o público não deve ser muito superior ao do litoral, ao menos nos confrontos de segunda à sexta-feira.

A diretoria atleticana trabalhou rapidamente para adequar o estádio. Foram instaladas estruturas tubulares em três áreas diferentes. Atrás do gol sentido centro de Curitiba, são 700 lugares destinados aos visitantes. Na continuidade das arquibancadas atuais, mais 5.300 pessoas poderão ser acomodadas. Sobre os vestiários, um tablado receberá camarotes e profissionais da imprensa.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai efetuar algumas mudanças nas proximidades do estádio para garantir a segurança na chegada e saída dos torcedores, como o prolongamento da tela de proteção para evitar a travessia de pedestres fora da passarela.

O cuidado extra é em razão da morte de um torcedor após a partida contra o Roma no Janguito Malucelli, no dia 1.º de fevereiro. Ele foi atropelado enquanto atravessava a BR 277, o que motivou na época a PRF pedir a suspensão dos jogos do Atlético no local.

O fato de o Ecoestádio ter capacidade menor do que o número de sócios – hoje de aproximadamente 13 mil –, somente sócios poderão assistir aos jogos, não havendo venda de ingressos – apenas para a torcida visitante. Para garantir lugar no estádio, os sócios precisam habilitar os smart cards pela internet ou no Espaço Sócio Furacão.