O jogador arrisca um chute despretensioso de fora da área. Rasteira, a bola ganha velocidade, engana o goleiro adversário e balança a rede. O lance protagonizado pelo volante Hernani, aos 25 minutos do segundo tempo da partida contra o Vitória, pela 21.ª rodada do Brasileiro, foi o último desse tipo marcado pelo Atlético no campeonato. Há quase um mês, desde o dia 14 de setembro, o time de Claudinei Oliveira não faz gol com a bola rolando. Já são 560 minutos de seca, que a torcida espera que acabe amanhã, às 18h30, contra o Figueirense, na Arena da Baixada.
Depois do gol que selou o triunfo sobre a equipe baiana, o Furacão comemorou uma outra vez em seis rodadas, mas em lance de bola parada. Após sofrer pênalti, o atacante Cléo cobrou no canto e decretou o placar mínimo, resultado suficiente para bater o Corinthians, na Baixada. Foi a última vez que os atleticanos conquistaram três pontos, no fim de setembro.
Nesse período, o Atlético perdeu mais duas vezes e se aproximou perigosamente da zona de rebaixamento pode entrar no grupo dos quatro últimos pela primeira vez hoje, caso o Coritiba derrote o Goiás no Serra Dourada.
Com dois duelos seguidos em casa, contudo, o pensamento no CT do Caju não passa pela ZR. Após o Figueira, o rival na Arena será o Flamengo. "Não dá para imaginar outros resultados a não ser duas vitórias nos próximos dois jogos. É isso o que temos de buscar", crava o treinador. "Com a força do nosso torcedor, temos condições de fazer os três pontos [contra o Figueirense]", completa Claudinei, que vai manter a base da última partida.
A única novidade é o retorno do volante Deivid ao onze titular ele estava suspenso na derrota para o São Paulo. Já o atacante Dellatorre, que não joga desde que o Atlético marcou com a bola rolando, ficará no banco de reservas. O camisa 11 está recuperado de uma lesão no tornozelo direito.
"O time tem demostrado uma evolução que não tem sido acompanhada por bons resultados", fecha Claudinei, que terá Marcelo e Cléo no comando de ataque amanhã.