Atlético encerra contra o Flamengo o ciclo da grama natural na Arena

• 0

O Atlético faz um jogo de despedidas diante do Flamengo, neste domingo (29), às 19h30. É o último compromisso do Furacão em Curitiba pelo Brasileiro e a partida derradeira na grama natural da Baixada.

No dia 15/12, o clube inicia a transformação do piso do Joaquim Américo com a instalação da grama sintética. Em dois meses, em 15 de fevereiro, o novo campo deve estar pronto para ser inaugurado.

TABELA: Veja a classificação da Série A

Para marcar a data, a diretoria do Atlético faz promoções. O sócio pode levar um acompanhante e, caso o convidado se associe, os dois ganham um pedaço da grama como lembrança – entregue em janeiro de 2016.

A grama natural sai de cena em pouco mais de um ano de utilização. O piso foi totalmente trocado em janeiro de 2014 – ao custo de aproximadamente R$ 2 milhões – para receber quatro duelos da Copa do Mundo. E logo no Mundial já virou “vilão”.

“A umidade é terrível. Não há condições físicas de termos um gramado natural decente, mesmo gastando horrores como tem acontecido no pós-Copa”, escreveu Mario Celso Petraglia, presidente do Rubro-Negro, no Twitter.

Engenheiro agrônomo responsável pela cancha, Ernesto Siqueira diverge: “É plenamente possível ter um gramado em boas condições. Com o teto retrátil e o auxílio da iluminação artificial dá para controlar a umidade. Basta manutenção”.

O cuidado com o piso da Arena é de cerca de R$ 200 mil mensais, incluindo neste valor a despesa com a iluminação artificial, sistema de alta tecnologia que o Atlético importou da Holanda, avaliado em R$ 2 milhões. Com a mudança para o sintético, o recurso perde utilidade.

Guia do jogo: Atlético x Flamengo

Leia a matéria completa

O clube assinou com a empresa GV Group a alteração do gramado – especula-se que tenha acertado por R$ 1,5 milhão. O material é fabricado pelo grupo italiano Italgreen e será instalado pelos portugueses da Global Stadium.

“Não vai ter mais desculpa para errar passe ou perder gol”, comentou Luiz Sallim Emed, vice-presidente do Rubro-Negro e candidato ao Conselho Administrativo pela situacionista CAPGigante nas eleições do clube, dia 12.

Entretanto, a chapa de oposição, Atlético de Novo, cogita entrar na Justiça contra a alteração. “É prematuro. Pode ser que daqui a alguns meses cheguemos à conclusão de que a grama é boa, mas temos de aumentar o debate”, diz o advogado Henrique Gaede, candidato ao Deliberativo.