O Atlético piorou em praticamente todas as estatísticas desde que Doriva substituiu Leandro Ávila como técnico. Queda de rendimento que, aos poucos, vem afastando o Furacão da briga por uma vaga na Libertadores da América.
INFOGRÁFICO: Veja a comparação de treinadores com relação ao desempenho do Atlético
Com 23 pontos e na nona posição, o Rubro-Negro enfrenta o Bahia domingo na Arena, às 18h30, no último jogo sem a presença da torcida.
Auxiliar-técnico do clube, Ávila assumiu o posto principal após a 5.ª rodada do Brasileiro, com a demissão de Miguel Ángel Portugal. O aproveitamento dos pontos do espanhol era de 33,3%, o substituto dobrou para 66,6% e o atual tem 47,6%.
Quando assumiu, Doriva manteve o embalo alcançado pelo interino. Venceu o Flamengo na estreia, por 2 a 1, e pôs o Rubro-Negro a um ponto do G4. Depois, o triunfo por 2 a 0 sobre o Criciúma fez a equipe ingressar no grupo, pela primeira e única vez no campeonato.
Foi a partir do duelo com os catarinenses que Doriva começou a mexer na formação diante dos cariocas, havia repetido o 4-4-2 adotado por Ávila em quatro partidas. Implantou então o esquema com três atacantes por três confrontos. Mas, com uma vitória e duas derrotas, voltou para o 4-4-2 nas últimas três rodadas. Consequência ou não das alterações no plano tático, o fato é que o desempenho despencou.
O número de passes é a única marca em que o Furacão cresceu com o novo comandante. Tem trocado 269 bolas em média por jogo, contra 253 do antecessor.
Apesar de passar mais, a posse de bola diminuiu. Durante a gestão de Ávila, a equipe impunha leve predominância sobre os concorrentes, com média de 51%. Sob o comando de Doriva, 46%.
A quantidade de finalizações foi outro ponto que enfraqueceu. Com Ávila, o ataque atleticano produzia 4,5 chutes certos e 7,2 errados em média. Agora são 3,4 na mira e 6,2 fora do alvo. E a média de gols caiu de 2 para 1,2.
O setor ofensivo, aliás, virou alvo de discussão nas últimas partidas. Quando decidiu desfazer a escalação com três atacantes, Doriva optou por sacar Douglas Coutinho, artilheiro do Atlético e vice do Nacional, com 7 gols.
Ganharam a preferência Marcelo, revelação do Brasileiro do ano passado, e Cléo. Com passagem pelo clube em 2005, o segundo virou a referência de área após a negociação de Éderson para o futebol dos Emirados Árabes Unidos. Coutinho iniciou as três últimas rodadas no banco, entrou nas três e anotou o segundo gol da vitória sobre o Botafogo, duelo em que Cléo também foi às redes.
Mesmo a defesa, que em nenhum momento chegou a ser confiável, apresentava números melhores com Ávila: média de um gol sofrido por jogo. Doriva passou a ter 1,4, perto do 1,6 de Portugal.
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