Jogadores comemoram gol de pênalti de Felipe -- o segundo do Atlético na partida| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Nem parecia o mesmo time. O Atlético que falhou no Campeonato Paranaense, disputou o Torneio da Morte e foi eliminado pelo Tupi na Copa do Brasil, foi sepultado neste domingo (10), na Arena da Baixada. Pela primeira rodada do Brasileirão, o Furacão fez jus ao apelido e venceu o Internacional por 3 a 0, com uma atuação convincente, tanto tática quanto tecnicamente.

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Um triunfo que pode ser atribuído, em parte, ao atacante Walter. A principal contratação rubro-negra no ano mostrou que está mais solto. Fez o primeiro gol e participou das jogadas dos seguintes. Apesar da boa atuação, preferiu dividir o mérito com os companheiros e com o técnico Milton Mendes. “Jogamos bem. O grupo e o treinador estão de parabéns. Poucos conhecem ele [Milton Mendes], mas temos aqui uma família”, disse o camisa 18.

E ele pode mesmo dividir a vitória com os jogadores, principalmente da defesa, e também com o comandante. O principal destaque do início da partida foi o sistema tático de Milton Mendes, que funcionou muito bem defensivamente. Os zagueiros Gustavo e Kadu, apoiados pelos laterais Eduardo e Natanael, que só subiam com a bola dominada, formavam uma linha de quatro defensores protegida pelos volantes Deivid e Jadson. No ataque, só Walter.

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Bem organizado, deu muito certo nos primeiros 25 minutos de jogo. Aos 14, Marcos Guilherme cruzou para Walter, de cara para o gol, abrir o placar com facilidade. O Atlético mandava na partida. Porém, a força na defesa cobrava um preço na velocidade do meio de campo, que pouco criava.

O treinador percebeu o problema, porque o Atlético voltou muito mais veloz no segundo tempo. “Nossa equipe jogou como já tinha feito em partes do jogo contra o Tupi, de forma organizada. Soube sofrer quando foi necessário, se postar atrás da linha, fazer contra-ataque em transição rápida”, analisou o técnico após a partida.

O diagnóstico do técnico foi correto. O time foi para cima do Colorado e, depois de uma chance incrível perdida por Felipe, Walter sofreu pênalti ao ser puxado por Alan Ruschel. Felipe bateu e marcou o segundo. Quatro minutos depois, em outro contra-ataque rápido, Walter tentou cruzar para Douglas Coutinho, mas o zagueiro Paulão tocou contra o próprio gol na tentativa de afastar.

Com Paulão (cobiçado pelo próprio Atlético no início do ano), Réver (campeão da Libertadores em 2013), Anderson (recém-contratado junto ao Manchester United), Alex, Valdívia e Rafael Moura, o Inter pressionou muito, jogou uma bola na trave, mas quase não levou perigo.

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Mesmo se tratando de um time B do Inter (de fazer inveja, claro), a impressão é de que o Atlético não vai sofrer tanto quanto a campanha no Paranaense dava a entender.

O motivo para a mudança pode ser psicológico. Como desde 2013 o time principal está condicionado a disputar somente as maiores competições, inconscientemente entrou sem a seriedade necessária no Estadual. Voltando ao Brasileiro, como os carrinhos e o empenho em campo demostraram neste domingo, a equipe voltou ao seu ambiente, aparentemente, natural.

Craque

Walter

O atacante é referência ofensiva do Furacão e participou das jogadas dos três gols rubro-negros.

Bonde

Rafael Moura

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Peça nula no ataque dos gaúchos, He-man se entregou a marcação da defesa atleticana.

Guerreiro

Marcos Guilherme

Após sofrer muitas cobranças nas partidas anteriores, o meia deu passe para o priemiro gol e saiu aplaudido pela torcida no final do jogo.

Chave do jogo

O esquema montado pelo treinador Milton Mendes deu certo, o time foi firme na marcação e soube aproveitar os espaços deixados pelo Internacional.

Cartões

Amarelos: Eduardo (A); Alan Ruschel, Silva (I)

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Próximos jogos:

Atlético: Goiás (f), Atlético-MG (c), Joinville (f)

Internacional: Avaí (c), Vasco (f), São Paulo (c)

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