Ponto de vista uruguaio
Omar Garate, auxiliar-técnico de Juan Ramón Carrasco, foi o único a falar após a demissão da comissão técnica atleticana. O profissional, também uruguaio, afirmou ter recebido a notícia com surpresa e criticou a barração de Morro García. "É um problema legal, da direção. Conhecemos o Morro do Nacional-URU e é um grande jogador. Ele estava bem fisicamente, é um jogador exemplar", declarou Garate, sobre a não utilização do avante. O auxiliar também confirmou que Carrasco foi forçado a rever seus conceitos táticos no Furacão: "Nós gostamos de atacar. [O esquema mais cauteloso] Foi sugestão da comissão diretiva, do Sandro [Orlandelli, diretor de futebol] e do presidente [Mario Celso Petraglia]."
O Atlético anunciou a demissão de Juan Ramón Carrasco às 10h59 de ontem em seu site oficial. Pouco tempo depois, às 16h15, o nome do substituto era revelado da mesma maneira: Ricardo Drubscky. Depois da contratação de um treinador estrangeiro, desconhecido no país, o Rubro-Negro aposta agora em um profissional com antiga ligação com o clube, mas em início de carreira na função.
O mineiro de 52 anos dedicou a maior parte de seu histórico às categorias de formação. Foi na condição de coordenador do setor que passou pelo CT do Caju, entre 2008 e 2010, durante a administração de Marcos Malucelli.
Curiosamente, a gestão da base atleticana pela diretoria anterior foi um dos principais alvos de Mario Celso Petraglia na campanha para eleger-se presidente ao final do ano passado. O atual mandatário afirmou que o departamento de formação estava "sucateado".
Ao término do contrato com o Furacão, em dezembro de 2010, Drubscky decidiu enveredar pela carreira à beira do gramado. Circulou apenas por equipes pequenas América-MG, Vila Nova, Ipatinga, entre outras. O principal feito foi a conquista da Série D pelo Tupi-MG, em 2011. Neste ano, ele dirigiu o Volta Redonda. Em 14 jogos, venceu seis vezes, empatou quatro e perdeu quatro. Há três semanas, Drubscky utilizou sua conta pessoal no Twitter para anunciar: "estou livre para um novo trabalho".
Mas se o novo comandante rubro-negro é inexperiente na prática, pode ser considerado um teórico. Ele é bacharel em Educação Física e coordenador do Curso de Formação de Treinadores da CBF-PUC-Minas. Em 2003, publicou o livro O Universo Tático do Futebol Escala Brasileira.
O Atlético procurou outros técnicos. Caio Júnior e Jorginho foram sondados. Com o segundo, as conversas avançaram até esbarrarem na disposição do ex-jogador de ficar livre caso recebesse uma proposta da Série A.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa
Deixe sua opinião