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O Atlético já voltou para casa, mas o martírio, na íntegra, só acaba hoje. O duelo contra o Bahia, às 18h30, é o último da Arena da Baixada com portões fechados. Ao todo, entre a reforma do estádio para a Copa do Mundo e a punição de nove jogos imposta pelo STJD (cinco deles fora de Curitiba), foram 92 partidas oficiais sem a presença da torcida no estádio. A partir de agora a contagem é regressiva para o Joaquim Américo ser colorido em vermelho e preto novamente.

Veja os números do Atlético no Brasileiro

Da estreia em janeiro de 2012 no acanhado Germano Krüger, em Ponta Grossa, até o confronto de hoje na moderna sede do Mundial da Fifa passaram-se 994 dias. Tempo suficiente para disputar e conseguir o acesso na Série B, lançar mão do inédito time sub-23 no Estadual e chegar pela primeira vez à decisão da Copa do Brasil.

E ainda construir a campanha do terceiro lugar no último Brasileiro, lamentar a briga generalizada com vascaínos em Joinville e entrar em campo, depois de nove anos, em uma edição da Libertadores da América.

Se no gramado o período trouxe mais felicidade do que tristeza à torcida, financeiramente o hiato foi extremamente prejudicial. Em quase três anos, o clube mandou partidas em dez estádios e quatro estados diferentes (Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais).

A arrecadação total de bilheteria chegou a R$ 9,2 milhões, com média de público de R$ 7 mil por jogo, incluindo as três apresentações sem público na Arena. Para efeito de comparação, em 2011, na última temporada completa na Baixada, a torcida rendeu R$ 5,8 milhões aos cofres do Furacão – 40% do valor conseguido na peregrinação longe do Caldeirão. Na época, a média de público foi de 10,2 mil/jogo.

O panorama vai mudar com a reabertura da Baixada. Enquanto o clube precisa de um grande número de sócios para pagar as contas da reforma, o time depende do apoio das arquibancadas para tentar repetir 2013 e garantir uma posição entre os quatro melhores.

"Sabemos que é o último jogo sem nossa torcida. Vamos ter o apoio deles nos próximos jogos. E domingo é buscar a vitória para tentar encostar no G4", fala o zagueiro Cleberson, que retorna ao time no lugar do suspenso Léo Pereira. Será a única mudança em relação do time que perdeu para o Santos.

A inspiração vem de 1999, ano da inauguração da Arena. Empurrado pelos torcedores na casa nova, o Atlético conseguiu 73% de aproveitamento em 15 jogos e venceu a Seletiva da Libertadores.

"Depois [do jogo de hoje] vamos contar com o apoio da torcida. Sabemos que o torcedor vai encorajar essa garotada e ser uma força extra. Estamos contando com isso e não vemos a hora que aconteça", fecha Doriva.

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