O Atlético teve uma despedida perfeita da Vila Capanema. Em uma das melhores exibições no ano, derrotou o São Paulo por 3 a 0. Quebrou a invencibilidade de dez jogos de um dos adversários que seu torcedor mais tem prazer em vencer. Não deixou o Cruzeiro ser campeão antecipado. E, beneficiado pela rodada, abriu cinco pontos de vantagem no G4.
O jogo de ontem foi o último do Furacão no Durival Britto e Silva pelo Brasileiro, por imposição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A punição motivada pelos distúrbios do Atletiba faz com que o Rubro-Negro encerre a campanha na casa temporária com 11 vitórias, 3 empates e 1 derrota. O aproveitamento de 80% só é inferior ao do virtual campeão Cruzeiro. A saideira no estádio paranista será no jogo mais importante da temporada, o primeiro pela final da Copa do Brasil, dia 20, contra o Flamengo.
Na última partida pelo torneio de pontos corridos, o Atlético levou a um nível extremo a estratégia de jogo que faz dele a sensação do campeonato: bola nos pés do adversário, desarme, saída rápida e eficiente ao ataque. O São Paulo fechou a partida com 62% de posse de bola e trocou 396 passes, contra 38% e 190 dos paranaenses, respectivamente.
O Furacão abdicou da posse de bola, um dos fetiches do futebol moderno, para agarrar-se ao mais rudimentar dos números do jogo: o de gols. Abriu 2 a 0 em um primeiro tempo em que o jogo se desenvolveu mais no seu próprio campo. Na etapa final, voltou a usar o contra-ataque para matar o jogo.
"Foi um belo jogo, o time fez uma partida com poucas coisas a serem mexidas. A gente fez 1 a 0 cedo e marcou o segundo ainda no primeiro tempo. Liquidou a partida num momento em que o São Paulo poderia esboçar algum tipo de reação. Saio satisfeito", disse o técnico Vagner Mancini.
Três jogadores tiveram maior participação nessa satisfação de Mancini Bruno Silva, Marcelo e Éderson. Importância sentida nos gols com bola rolando. No primeiro, Bruno Silva desarma Ganso e toca para Éderson, que cruza para Marcelo marcar. No terceiro, Bruno Silva lança Marcelo, que retribui a gentileza ao artilheiro do campeonato.
"Trabalho muito para fazer os gols, mas estou aprendendo a dar a bola para os meus companheiros fazerem", disse Éderson, que já havia servido Dellatorre nas vitórias sobre Inter, pelo Nacional, e Grêmio, na Copa do Brasil. No Brasileirão, o camisa 77 já tem 17 gols.
O outro pilar da incontestável vitória rubro-negra estava na arquibancada. Mais de 12 mil torcedores no adeus ao estádio que o Atlético transformou em um caldeirão tão implacável quanto a Arena. "Estamos vendo uma energia muito grande no estádio. A torcida jogou junto com o time novamente", resumiu Mancini.
Atlético 3 x 0 São Paulo
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