Em evento realizado na noite desta terça-feira (21), promovido pela Associação de Sócios do Atlético (Assocap), o presidente do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, Mario Celso Petraglia, admitiu a formação de um G5 com Coritiba, Palmeiras, Santos e Bahia para buscar contratos melhores na venda dos direitos de transmissão, a partir de 2019, para televisão aberta e pay-per-view. Estes cinco clubes já negociaram os direitos para TV fechada com o canal Esporte Interativo.
“Fechamos o G5, incluindo Palmeiras, Santos, Bahia e Coritiba para negociar a TV aberta e pay-per-view. Há uma grande injustiça no pay-per-view. O Atlético não se conforma com isso e temos certeza de que vamos melhorar muito. A partir de 2019, devemos dobrar o valor que recebemos em 2018”, acredita.
No encontro organizado em um hotel de Curitiba, o dirigente atleticano tratou de outros assuntos, como a busca pelo título mundial e a finalização da Arena da Baixada. Confira os principais trechos da fala de Petraglia.
Arena da Baixada
“O orçamento final da Arena foi de R$ 346 milhões, mas o Atlético só conseguiu R$ 291 milhões de financiamento. Faltaram R$ 55 milhões de entrada no nosso caixa que tivemos que dar um jeito para pagar e, felizmente, pagamos. Hoje, o Atlético não deve para fornecedores, de dívidas da construção, não deve para ninguém. Não estou falando da Fomento Paraná e do BNDES”.
“Estamos acabando o boulevard com as lojas e o estádio ainda não está 100%. Acreditamos que no final de 2017 estaremos [com tudo pronto]”.
Acordo Tripartite
“Estamos empenhados em concluir um acordo com o estado e o município para resolver essa pendência para que eles complementem o tripartite nos valores finais. O estado já nos deu um documento definitivo em que assume o terço dele. Estamos trabalhando com o município. Não conseguimos na gestão anterior, estamos trabalhando agora para que o prefeito atual assuma”.
Areninha
“Já avançamos no projeto, temos a infraestrutura pronta, mas temos de buscar recursos. Dessa vez não faremos nenhum sacrifício. Buscaremos alternativa de capital e investidor para completar o complexo”.
Jogos de azar e Areninha
“O Congresso Nacional está estudando a regulamentação do jogo de azar, que consiste na legalização do jogo do bicho, bingo, caça-níqueis e cassino. Curitiba deverá ter um cassino. Consequentemente, o cassino traz o turismo, traz a necessidade de eventos paralelos, shows e entretenimento, que poderão ser feitos na Areninha”.
Campeão do mundo em 10 anos
“Nós estamos no terceiro ano dessa contagem: 2015, 16 e agora 17. Até o nosso centenário (2024), se o Atlético continuar com esse projeto, essa evolução, não tenho nenhuma dúvida de que seremos campeões do mundo”.
“Nessa caminhada até chegarmos a sermos campeões do mundo, temos condição de ganhar estaduais – no último ano, ganhamos de 5 a 0 do nosso maior rival na somatória. Não gosto dessa competição. No jogo de sábado tivemos R$ 100 mil de prejuízo, tivemos que tirar do bolso para jogar com o Cascavel. É a regra do jogo e temos de continuar. Com certeza vamos ganhar Brasileiro, Copa do Brasil. Temos condições de ganhar Libertadores. Nosso projeto é um clube com potencial para ganhar os títulos que disputa”.
“Hoje ninguém tem a infraestrutura que o Atlético tem. Poderíamos ter gastado parte desse dinheiro e ganhar mais um título, mas optamos por fazer a base e hoje ela está pronta”.
Proibição da grama sintética
“Esqueçam isso, por favor. É um absurdo. Não vamos entrar nessa discussão, isso é um absurdo, me nego a falar de grama sintética. Não seríamos levianos de fazer o que fizermos, investir o que investimos, se fosse para tirar. Não vale a pena falar sobre isso”.
União com o Coritiba
“Unindo os dois clubes temos forças para confrontar as forças contrárias de Rio, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.Em conjunto não somos considerados, imagine sozinhos. Estamos indo à luta juntos. A atual gestão do Coritiba pensou que fosse bom para eles nos unirmos, conseguimos a Primeira Liga, o contrato com o Esporte Interativo, estamos no G5 juntos. Juntos temos infinitamente mais forças do que separados”.
Primeira Liga
“Nos retiramos de uma instituição que nós criamos porque os objetivos foram deformados. Queríamos melhorar [a nova liga] para diminuir a importância dos estaduais. Eles usaram a Primeira Liga para melhorar seus estaduais. O Flamengo faturava R$ 3 milhões, passou a faturar R$ 20 milhões pelo Carioca. E na Primeira Liga queriam que o Flamengo recebesse o dobro de nós. Não podíamos aceitar isso. Felizmente, o Coritiba foi o nosso parceiro e virou pó a Primeira Liga, ninguém mais fala nada e vai se tornar um torneio de verão”.
Caveira da Fanáticos na Arena?
“Quem sabe quando eu morrer, eu virar uma caveira, se quiserem usar [risos]. O Atlético tem caminhado com a torcida organizada, que hoje tem sido parceira, inteligente. Já tivemos estremecimento da relação no passado. Tenho certeza de que caminharemos mais fortemente juntos”.
Frustrações
“Tem dois itens que não conseguimos. Imaginávamos que teríamos 40 mil sócios e não conseguimos passar de 22, 23 mil. Tínhamos um preço [para se associar] quando acabamos o estádio, já abaixamos o valor, já revimos, mas esse quesito não sei se conseguiremos. Temos 100 mil CPFs diferentes que já foram sócios, é um entra e sai”.
“Gostaríamos de ter vendido mais camarotes, patrocínio, naming rights, prevíamos que poderiamos contar com esse dinheiro. Isso em função da crise politica, crise econômica, e a pior crise, a crise moral, da Fifa, Conmebol, Concacaf, da CBF. As pessoas estão aí, no mesmo posto, a crise moral não passou. Nosso presidente da CBF não pode viajar pois tem risco de ser preso. Quando vai passar, se vai, a gente não sabe”.
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