O Atlético recebe pela primeira vez na nova Arena da Baixada, nesta quarta-feira (1º), um dos maiores fregueses do seu estádio. Foram 14 jogos contra o São Paulo na primeira fase da Arena, entre 1999 e 2011, com dez vitórias do rubro-negras e três empates. O confronto mais esperado, contudo, não aconteceu: o primeiro jogo final da Libertadores de 2005, levado para o Beira-Rio, em Porto Alegre, por determinação da Conmebol com base no regulamento do torneio. Relembre um a um os 14 confrontos do Furacão com o Tricolor paulista na Arena.

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1999 – Começo com goleada

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O primeiro duelo entre os dois times na Arena não poderia ter sido mais promissor. Pelo Campeonato Brasileiro, goleada atleticana por 4 a 1. Lucas foi o destaque, marcando o primeiro e o último gol. Adriano Gabigu e Kelly marcaram os outros dois do Furacão, que ainda deu uma forcinha ao São Paulo com o gol contra de Luisinho Netto. No ataque do time paulista, Sandro Hiroshi. O atacante, que jogou com idade adulterada, foi o estopim do processo na Justiça Desportiva que tirou pontos do São Paulo, livrou o Botafogo do rebaixamento e fez nascer a Copa João Havelange.

2000 – O show do Lobatón

O peruano Abel Lobatón foi o personagem do segundo duelo entre Atlético e São Paulo na Arena, pela Copa João Havelange. No primeiro gol, Kléber aproveitou um rebote de Rogério Ceni a chute de Lobatón para marcar. No segundo, o próprio peruano balançou a rede. França descontou no segundo tempo para um São Paulo que tinha Souza, meia que seria campeão brasileiro pelo Atlético em 2001.

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2001 – Alex Mineiro começa a virar lenda

Alex Mineiro corre para comemorar o gol que eliminou o São Paulo e abriu a mágica sequência do atacante no mata-mata de 2001. 

A reta final do título brasileiro de 2001 teve um duelo marcante contra o São Paulo, pelas quartas de final. A melhor campanha na primeira fase deu ao Furacão o direito de fazer o jogo único em casa. No primeiro tempo, Kléber marcou o seu 17º e último gol naquele Brasileiro. No segundo tempo, Adriano empatou para os paulistas. E Alex Mineiro, a nove minutos do fim, fez o primeiro dos oito gols no mata-mata que o transformariam em lenda rubro-negra. O São Paulo voltou para casa eliminado e com Kaká desembarcando de muletas – resultado de um carrinho de Cocito que o tirou do jogo.

2002 – A promessa Dagoberto marca

Dagoberto, ainda em início de carreira, foi pra galera comemorar o gol contra o São Paulo. 

Com oito titulares de 2001, o Atlético viu uma promessa do CT do Caju brilhar no reencontro com o São Paulo: Dagoberto. O atacante que protagonizaria uma batalha judicial entre os dois clubes balançou a rede perante um dos maiores públicos da Arena: 28.146 pagantes. A dois minutos do fim, porém, Ricardinho garantiu o primeiro empate dos paulistas na Arena.

2003 – Show de gols. E vitória rubro-negra

Fernandinho escapa da marcação de Adriano Pagode: meia começava a ganhar espaço no Atlético e fez dois gols no São Paulo. 
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O Atlético deu a impressão de que atropelaria o São Paulo. Com dois gols de Fernandinho, foi para o intervalo com 2 a 0 no placar. Logo na volta do segundo tempo, Adriano Gabiru empatou. Os paulistas, então, foram buscar o empate com Luís Fabiano, Lugano e Diego Tardelli. Nem deu tempo para sofrer. Dois minutos depois do empate, a promessa Jadson, que saíra do banco de reservas, incendiou o Caldeirão ao fazer 4 a 3.

2004 – Dagoberto decide

Washington, artilheiro do Brasileiro de 2004, passou em branco no duro jogo contra o São Paulo. 

O Atlético disputava rodada a rodada a liderança do Brasileiro de 2004 com o Santos quando recebeu o São Paulo de Cuca. Em sua melhor fase pelo Atlético, Dagoberto fez o único gol do jogo, ainda no primeiro tempo.

2005 – Vitória e “assassino”

Alex Bruno dá o rapa em Fabrício: meia atleticano saiu de maca direto para o hospital. 

Apenas um mês depois da final da Libertadores, a tabela do Campeonato Brasileiro marcava uma partida entre Atlético e São Paulo em Curitiba. E não houve torcedor rubro-negro que tenha saído da Baixada no dia 20 de agosto de 2005 sem a impressão de que, se o primeiro jogo tivesse sido na Arena, a decisão continental poderia ter tido um desfecho diferente. Os paulistas abriram o placar com Christian, mas logo foram varridos pelo Furacão: Alan Bahia, Ferreira (dois gols) e Jancarlos construíram a virada. Amoroso ainda descontou fechando o placar de 4 a 2. Depois do jogo, Mario Celso Petraglia ainda avançou em direção ao vestiário tricolor chamando de assassino o zagueiro Alex Silva, que provocou ruptura dos ligamentos do joelho do meia Fabrício com um carrinho violento.

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2006 – Tudo zero a zero

Dênis Marques disputa a bola com Miranda, atual capitão da seleçã brasileira. 

Em 2006, o único jogo sem gols entre Atlético e São Paulo na Arena. No Furacão, nomes como o goleiro Cléber Mixirica, o lateral esquerdo Michel, os volantes Erandir e Marcelo Silva, o meia Válber e o ídolo Paulo Rink em sua última temporada. O São Paulo tinha de campeões mundiais como Josué, Mineiro e Danilo ao atacante Edgar, ao Edgol, que viera do Joinville.

2007 – Faixa carimbada no último minuto

Antonio Carlos corre para comemorar: vitória, carimbo na faixa e vaga na Sul-Americana. 

O Atlético flertou com o rebaixamento durante parte do Brasileiro de 2007. Risco afastado com a chegada do técnico Ney Franco. Na última rodada, o Furacão já não corria mais perigo, mas queria carimbar a faixa de bicampeão brasileiro do São Paulo. Marcelo Ramos abriu o placar para os rubro-negros no primeiro tempo. Aos 37 do segundo, Francisco Alex empatou. No último lance do jogo, Antonio Carlos subiu mais alto que a zaga são-paulina para, de cabeça, garantir a vitória que, como bônus, pôs o Atlético na Copa Sul-Americana.

2008 – O ano dos empates

Pedro Oldoni disputa a bola com Aislan pelo alto: primeiro ano sem vitória rubro-negra sobre o São Paulo na Arena. 
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Foram duas partidas entre Atlético e São Paulo na Arena e dois empates em 2008. Na segunda rodada do Brasileiro, Danilo marcou para o Furacão e Éder Luís empatou para o São Paulo. Os times voltariam a se enfrentar em agosto, pela Copa Sul-Americana. De um lado, um Atlético com técnico interino (Tico) e preocupado com o rebaixamento. De outro, um time reserva do São Paulo, que buscava o tricampeonato brasileiro. Resultado: 0 a 0.

2009 – O povo contra Dagoberto

Paulo Baier chega firme em Dagoberto: comemoração de gol na Arena. 

A grande atração da partida de 23 de agosto de 2009 foi a volta de Dagoberto à Arena com a camisa do São Paulo. Era a primeira vez do atacante no estádio desde a batalha judicial que o fez trocar a Baixada pelo Morumbi. A torcida perseguiu Dagoberto desde antes do jogo, com vaias, xingamentos e faixas. Dentro de campo, Paulo Baier levou o público duas vezes ao delírio: ao dar um rapa que levantou Dagoberto e com o único gol da partida, aos 41 minutos do segundo tempo.

2010 – Maikon Leite na rede

Rogério Ceni se estica após finalização do Atlético no jogo de 2010. 

O Atlético chegou a tocar uma vaga na Libertadores via Campeonato Brasileiro. E pode lamentar os dois pontos perdidos para o São Paulo. Contra o velho freguês, o Furacão ficou no empate por 1 a 1, na Arena. Cléber Santana – que cairia com o Rubro-Negro no ano seguinte – pôs os paulistas em vantagem. Cinco minutos depois, Maikon Leite, que havia saído do banco de reservas, deixou tudo igual.

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2011 – Uma “Dinamita” de esperança

Guerrón fez o gol que decidiu o último Atlético x São Paulo da Arena. 

A quatro rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o jogo contra o São Paulo valia a sobrevivência do Atlético. Um gol bastou para Joffre Guerrón garantir a vitória rubro-negra. O Atlético viajou para dois jogos em Minas Gerais, contra Cruzeiro e América Mineiro, dos quais voltou com ponto e quase rebaixado para o jogo derradeiro da primeira fase da Arena. Estádio que o Atlético fechou com vitória no Atletiba e sem jamais ter perdido para o São Paulo. Uma história que recomeça nesta quarta-feira.