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Nem o aproveitamento de 67% pelo Rubro-Negro evita questionamentos em torno do trabalho do técnico Ricardo Drubscky | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Nem o aproveitamento de 67% pelo Rubro-Negro evita questionamentos em torno do trabalho do técnico Ricardo Drubscky| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Pontaria

Atlético aproveita apenas 8,9% das finalizações no Campeonato Brasileiro

Melhorar a pontaria é o principal passo para os jogadores do Atlético fortalecerem a posição de Ricardo Drubscky no clube. O segundo time que mais finaliza no Brasileiro, com 56 tentativas em três jogos, precisa acertar o pé hoje contra a Ponte Preta para vencer a primeira no campeonato. Os cinco gols marcados representam apenas 8,9% de aproveitamento. Éderson, que será titular, é quem mais chuta: 15 disparos, para balançar a rede duas vezes. O técnico não quis revelar o time. A única certeza é de que o volante Deivid, lesionado, será substituído por Juninho. "Vou fazer uma mexidinha, mas vou aguardar até amanhã [hoje]", despistou o treinador, que terá o meia Elias como opção.

O Atlético passou os meses de janeiro, fevereiro e março em pré-temporada. A estreia oficial em 2013 aconteceu apenas em 3 de abril. De lá para cá, a equipe fez outras cinco partidas oficiais, entre Copa do Brasil e Brasileiro. Apesar do longo período de preparação e de um planejamento diferenciado para o time, o técnico Ricardo Drubscky chega ameaçado ao jogo de hoje, às 21 h, contra a Ponte Preta. Em caso de derrota no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, a já curta paciência da diretoria pode finalmente se esgotar.

A corda no pescoço do treinador apertou depois do início inconstante no Nacional. A derrota para os reservas do Fluminense na estreia e os amargos empates como mandante contra Cruzeiro e Flamengo – ambos após ter aberto dois gols de vantagem – pesam na balança contra o mineiro. O bom papel na Copa do Brasil, competição na qual o time avançou com tranquilidade à terceira fase, não amenizou o clima.

Antes do confronto de sábado, em Joinville (SC), os jogadores já sabiam que a situação do treinador era crítica. O presidente do clube, Mario Celso Petraglia, que nos bastidores do CT do Caju cogitava demitir Drubscky antes mesmo do início do campeonato, foi convencido, momentaneamente, a não mexer no comando técnico.

Nada impede, porém, que o dirigente tome a decisão antes da parada para a Copa das Confederações – haverá apenas mais uma rodada, no fim de semana. Tudo depende dos resultados. Começando por hoje, contra a Macaca. "A pressão, sinceramente, tem sido a nossa, interna. Eu fiquei muito chateado com a maneira que têm acontecido os resultados da equipe, se mostrando bem nos jogos e não conquistando os resultados", desconversou Drubscky em entrevista à RPC TV.

Em junho do ano passado, o técnico passou por situação parecida. Depois de estrear no Atlético com empate e derrota na Série B, ele sucumbiu à pressão e foi sumariamente mandado para a geladeira do sub-23 por um mês. A diferença é que voltou após a demissão de Jorginho e levou a equipe ao acesso na última rodada.

Drubscky tem um aproveitamento de 67%, com 18 vitórias, 9 empates e 4 derrotas em 31 confrontos. Nos últimos duelos, por exemplo, o time tem começado bem e criado chances de gol. Não o suficiente para vencer.

"Acho que está cedo para dizer que nossa equipe tem problema psicológico. Somos envolventes, ofensivos, compactos, estamos criando situações de gol. Salta aos olhos o comportamento da equipe", opinou o técnico, que, por mais incrível que pareça, viu seu time fazer só um gol e tomar quatro na segunda etapa dos duelos do Brasileiro – quando a preparação física da longa pré-temporada deveria se sobressair. "O Atlético tem mostrado coisas boas e tem sido infeliz em relação a resultados e lances, mas faz parte do processo. Fico tão chateado quanto ao torcedor", fechou.

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