A confirmação de Nathan no Chelsea fechou um pacote de negociações milionárias dos garotos revelados pelo Atlético. Antes do meia, o Furacão vendeu o zagueiro Manoel e os atacantes Douglas Coutinho e Marcelo. Ao todo, acertou cerca de R$ 44,3 milhões com transferências em menos de um ano.
Finalmente concretizada, a ida de Nathan para Londres rendeu 2 milhões de euros (R$ 6,7 milhões, aproximadamente) à vista para o Rubro-Negro. E caso o jogador faça 20 jogos com a camisa dos Blues, o clube receberá mais 3 milhões de euros (R$ 10,1 milhões).
Ano passado, Manoel foi o primeiro a se mandar da Baixada. Seguiu para o Cruzeiro em maio. Os mineiros pagaram R$ 8,9 milhões por 50% dos direitos econômicos do zagueiro, titular do Furacão a partir de 2009.
Já ao final de 2014, Douglas Coutinho teve 70% dos direitos econômicos adquiridos por 4,5 milhões de euros (em torno de R$ 15,2 milhões) pelo Doyen Sports. O grupo de Malta comprou também 50% dos direitos econômicos de Marcelo, por 4 milhões de euros (cerca de R$ 13,5 milhões) e o colocou no Flamengo.
Depois do quarteto, quem está na mira é Marcos Guilherme. O meia está servindo a seleção brasileira sub-20 (ao lado do companheiro de time e zagueiro Léo Pereira), na preparação para o Mundial da categoria, na Coreia do Sul.
Vitrine perfeita para inflacionar a pedida pelo baixinho e reforçar ainda mais o caixa atleticano. “Temos calma para tratar do Marcos Guilherme. Seguimos com o projeto de mantê-lo no Atlético, pensando na Olimpíada de 2016”, diz Rafael Stival, empresário do atleta.
Lucro pesado do Atlético na temporada que o presidente Mario Celso Petraglia definiu como “ano do futebol”. Até então, o clube trouxe apenas o atacante Walter como contratação de primeira linha.
A timidez no mercado está diretamente ligada às dívidas deixadas pela reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo. De acordo com o clube, o estádio teve custo total de R$ 346 milhões, montante dividido com a prefeitura de Curitiba e o governo do Paraná.
No balanço patrimonial de 2014, publicado no final de abril, o clube apontou R$ 277,1 milhões em dívidas. Deste valor, são R$ 240,1 milhões em empréstimos assumidos em nome da CAP S/A, gestora da obra do estádio.
Ainda segundo a avaliação financeira, o clube tem R$ 130,5 milhões em dívidas que vencem esse ano. Uma preocupação que pode ser diminuída com os milhões que as revelações do campo renderam.
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