O Atlético notificou extrajudicialmente a torcida Os Fanáticos para que a organizada interrompa imediatamente a utilização da marca do clube, mais especificamente o escudo com a inscrição CAP. A alegação do Rubro-Negro é que toda reprodução ou comercialização não autorizada pelo proprietário constitui uma violação de direito de propriedade. O clube acusa a torcida de concorrência desleal e desvio de clientela.
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Leia a matéria completaA torcida Os Fanáticos afirma que já respondeu a notificação e que irá acatar a solicitação da diretoria do Furacão. “Não vamos ter nenhum material com a marca do clube. Nós tentamos conversar com o Atlético para pagar os direitos sobre a marca e poder utilizar, mas não tivemos resposta. Nós não gostaríamos de passar a impressão que torcemos pela própria organizada, por isso queríamos usar a marca do Atlético em nosso material”, diz Renato Martins, relações-públicas da facção.
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Leia a matéria completaO documento elaborado pelos advogados do Rubro-Negro e enviado para Os Fanáticos fala ainda em “abstenção de reprodução, divulgação, comercialização ou qualquer ato de utilização do notificante [Atlético], o recolhimento e inutilização do material já produzido”.
Além de vetar a utilização do símbolo do clube, a diretoria do Atlético proíbe a entrada na Arena da Baixada de qualquer material que faça alusão às torcidas organizadas – por exemplo, a imagem da caveira da Os Fanáticos. Em seu site, o Furacão já se pronunciou favorável ao fim das torcidas organizadas.
Rivais atualmente, a diretoria do Furacão e a organizada estiveram juntos nas eleições do clube no final do ano passado. A chapa CAPGigante, vencedora do pleito, contou com o apoio da Os Fanáticos e dirigentes do clube, como o presidente Luiz Sallim Emed, e o presidente do Deliberativo, Mario Celso Petraglia, posaram ao lado de integrantes da facção.
A relação entre as duas partes foi abalada após membros da Os Fanáticos se envolverem em episódios de violência. O ônibus da delegação do Atlético chegou a ser apedrejado por torcedores organizados e, em outro momento, um vídeo com ameaças ao jogador Walter foi gravado dentro da sede da facção.
A reportagem entrou em contato com o advogado do Atlético, Luiz Fernando Pereira, entretanto, não obteve resposta.
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