O Atlético encaminhou nesse domingo (1.º) o fim do jejum de títulos que já dura sete anos no clube.
Ao aplicar 3 a 0 no rival Coritiba, na primeira partida da final do Paranaense, o Furacão transformou a festa da torcida em praticamente uma comemoração antecipada na Arena da Baixada, inclusive com coro de ‘é campeão’. O zagueiro Thiago Heleno, o atacante Ewandro e o volante Hernani marcaram os gols, todos no segundo tempo, com apenas 16 minutos de intervalo entre eles.
Mesmo se perder por dois gols de diferença no duelo de volta, no próximo domingo (8), às 16 horas, no Couto Pereira, o Rubro-Negro levantará a primeira taça desde o campeonato estadual de 2009. Triunfo coxa-branca por três gols de diferença leva à disputa de pênaltis. Há dois anos – cinco partidas – que o vermelho e preto não levava a melhor sobre o verde e branco no clássico.
A teoria de que a primeira perna da final é decisiva para definir o campeão do Paranaense coloca o time de Paulo Autuori com uma mão na conquista. A última vez que uma equipe ficou em desvantagem no momento mais importante do torneio e conseguiu reverter o panorama foi em 2005, quando o próprio Furacão comemorou em cima do Coxa.
Veja como foi o lance a lance da primeira final do Paranaense de 2016
Outro fator que pesaria contra o Furacão em caso de um placar negativo é o histórico recente na casa do maior rival. A última vitória atleticana no Alto da Glória foi em 2008.
Para reforçar a importância do placar em casa, é só olhar para o retrospecto do Atlético como visitante na temporada. Tanto nas quartas de final, contra o Londrina, como na semifinal do Estadual, contra o Paraná, o Rubro-Negro não conseguiu vencer longe da torcida. Tem apenas 37,5% de aproveitamento fora (8J, 2V 3E e 3D). E não vence no território alheio desde 10 de fevereiro.
Instantes após o fim do jogo, o zagueiro Paulo André postou mensagem no Facebook dando o tom da postura da equipe até o confronto. Ele agradeceu o apoio da torcida e ressaltou a necessidade de se “manter o foco”. Tudo conversado pelo elenco ainda no gramado, em rodinha de jogadores.
“É uma vantagem importante, mas temos de ter os pés no chão. O torcedor veio nos apoiar. Mas agora é outro jogo, agora é concentrar porque domingo tem outra decisão”, avisou o capitão Weverton.
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“Um grande clube, um grande grupo. Nós temos de comemorar hoje, mas não tem nada ganho”, emendou Nikão.
O gol que abriu o placar, aliás, saiu dos pés do meio. Enquanto a zaga coxa-branca acreditava que ele iria cobrar falta na área, o camisa 11 rolou para Léo, que foi à linha de fundo e cruzou para Thiago Heleno cabecear sem chance para Elisson (7/2º).
“É importante [o gol], eu fico muito feliz. O mais importante é a vitória, mas temos que ter calma. Tem o segundo jogo ainda. Terça-feira já vou estar treinando”, falou o defensor.
Aos 19 minutos, Ewandro aproveitou bobeada de Wallison Maia, que havia acabado de substituir o machucado Luccas Claro, disparou do meio-campo e ampliou. Quatro minutos depois, de falta, o volante Hernani fez o gol que encaminhou o título rubro-negro. Expulso pouco tempo depois, ele está fora do duelo que pode definir o fim do jejum atleticano.
Confira quem foram os destaques da partida:
Craque
Thiago Heleno
Foi indiscutível na defesa, tanto pelo alto, quanto nas dividas com Kleber, que foi anulado pelo defensor. No ataque, o zagueiro mostrou seu poderio ofensivo ao abrir o placar de cabeça.
Bonde
Kleber
O atacante não viu a cor da bola durante todo o jogo. Logo no começo da partida, se envolveu em uma confusão com Léo e no decorrer do duelo foi anulado pela zaga rubro-negra.
Guerreiro
Léo
O lateral se destacou na marcação e fez a assistência precisa para o primeiro gol de Thiago Heleno.
Gols
2º tempo
1 x 0 – (7 min). Em vez de cruzar para a área a cobrança de falta, Nikão rolou para Léo, que chega na linha de fundo e levanta na cabeça de Thiago Heleno, que cabeceia no canto direito de Elisson.
2 x 0 – (19 min). Walisson Maia falha na tentativa de cortar olançamento e Ewandro fica na cara de Elisson. Com tranquilidade, o atacante chutou rasteiro no goleiro.
3 x 0 – (23 min). Hernani cobrou falta no canto do goleiro e Elisson ficou apenas olhando a bola entrar.
Chave do jogo
O Atlético fez valer a pressão da Arena e engoliu o Coritiba dentro de casa. Abriu a vantagem de três gols na decisão do Estadual e está muito próximo de acabar com o jejum de sete anos sem títulos.
Cartões
Amarelos: Weverton, Hernani, Paulo André, Deivid e Vilches (Atlético). Reginaldo, João Paulo e Vinícius (Coritiba)
Vermelhos: Hernani, aos 30 minutos do segundo tempo.
Próximos jogos:
Atlético e Coritiba: Final do Paranaense, domingo (8), às 16h, no Couto Pereira.
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