Opinião
Amnésia é necessária no retorno para a casa
Fernando Rudnick
Apagar da memória as últimas atuações do Atlético não é tarefa fácil para o torcedor. Mas, sinceramente, esse é meu conselho para quem for ao reencontro com a Arena da Baixada, na próxima quarta-feira.
Só uma amnésia temporária pode ajudar a torcida a apoiar o time durante os 90 minutos na difícil missão de avançar às quartas de final da Copa do Brasil. A seca de vitórias e de bom futebol pressiona os jogadores em um momento tão especial para os rubro-negros. Se apatia se repetir em casa, duvido que até o mais fanático apoiador não se irrite e comece a cobrar de maneira mais dura.
Como já disse aqui depois da derrota para o Atlético-MG, no início do mês, esse Atlético não é para 2014. A aposta na garotada é para o futuro de longo prazo. Um pequeno milagre é muito improvável contra o América-RN, mas quem sabe a verdadeira volta para casa não traga inspiração?
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Baixada
Faltam três dias para a volta da torcida à Arena e os jogadores acreditam nesse fator para tentar uma classificação histórica na Copa do Brasil, "O Atlético terá outra cara com a torcida", aposta o atacante Cléo, que será titular já que Douglas Coutinho está com a seleção sub-21.
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Diretoria
O desmanche do time que foi terceiro colocado no último Brasileiro já respingou na eliminação precoce da Libertadores e agora, sem reforços e com pouca experiência, também atrapalha o rendimento do Atlético no Brasileiro. O investimento a conta-gotas é arriscado demais. Há urgência na contratação de ao menos um zagueiro.
Os jogadores do Atlético tinham muito a explicar após a derrota para o Goiás, por 3 a 1, ontem, no Serra Dourada. Quarto revés consecutivo da equipe na temporada, pior defesa do Brasileiro (25 gols sofridos) e um péssimo clima para o reencontro da torcida com a Arena da Baixada, na próxima quarta-feira, contra o América-RN, pela Copa do Brasil. Escorados na política de comunicação do clube, ninguém falou com a imprensa na saída do gramado. Nenhuma resposta e uma interrogação gigante com relação ao futebol do Furacão.
Nem a fase ruim do Goiás, que havia perdido os últimos seis jogos e era dono do pior ataque da Série A, ajudou os comandados de Leandro Ávila. O técnico interino testou uma nova escalação, mas não conseguiu fazer o time jogar. Pouco vibrante, o Atlético foi dominado.
Com três volantes Deivid, Otávio e Paulinho Dias , Marcos Guilherme ficou sobrecarregado na armação. Cenário típico da gestão de Doriva e que, com o sucessor, teve as mesmas consequências. Os paranaenses quase não atacaram e viram o Esmeraldino conseguir mais posse de bola (56,5% a 43,5%), trocar mais passes (369 a 226) e chutar mais na meta (8 a 1).
O Goiás até demorou para abrir o placar. Mas a partir do momento em que fez o primeiro gol, precisou de mais três minutos para matar a partida. Depois que o atacante Erik marcou duas vezes, o Atlético já esboçava não ter força para reagir. Quando saiu atrás no Brasileiro, no máximo conseguiu o empate foi assim contra Vitória e Corinthians.
Mas a história não se repetiu. "Nossa equipe ficou apática no primeiro tempo. Faltou a nossa pegada...", reconheceu Ávila ao site oficial atleticano.
No segundo tempo, com Douglas Coutinho em campo, Cléo diminuiu. A postura coletiva melhorou, mas a equipe voltou a abaixar a cabeça após Erik completar o hat-trick.
A derrota custou ao Atlético uma posição na tabela de classificação agora é o 10.º, com 24 pontos e põe o time em uma situação perigosa. Precisa vencer para não ver as equipes de baixo se aproximarem (7 pontos de vantagem), mas vê o G4 cada vez mais distante.
A prioridade agora é reverter a situação na Copa do Brasil. O time precisa fazer pelo menos 3 a 0 para levar a decisão contra o Mecão para os pênaltis. "Teremos a torcida novamente a nosso favor e isso é importante. É um time jovem, mas que vai tirar muito proveito da torcida, porque o adversário vai sentir. Vamos tentar buscar o resultado já na Copa do Brasil", confia Ávila.
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