O Atlético foi punido com a perda de dois mandos de campo e multa de R$ 42 mil pelos incidentes no clássico contra o Coritiba, na Vila Capanema, dia 6 de outubro. Com a punição, o Furacão não poderá enfrentar em Curitiba o Internacional (03/11) e o São Paulo (10/11), pela 32ª e 33 ª rodada. Antes, a equipe rubro-negra jogará como visitante contra o Goiás, sábado, e Bahia (27/10).
A briga entre as facções Fanáticos e Ultras foi a mais pesada das oito denúncias que o Atlético foi julgado no STJD, o que gerou a perda dos mandos e multa de R$ 30 mil. Já o atraso no início do segundo, causado pelo alambrado da reta do relógio que caiu na comemoração do gol atleticano, causou uma multa de R$ 12 mil. Já no caso do isqueiro arremessado em campo o clube foi absolvido.
O advogado do Atlético, Domingos Moro, admitiu no fim do julgamento que recorrerá ao pleno do STJD. Mesmo assim, admitiu que, diante do receio de uma pena muito maior, os dois jogos não foram tão ruins.
"Todos estavam esperando uma pena maior. Tivemos quatro absolvições, como na questão do isqueiro e do alambrado", avalia. "Ainda vamos recorrer, não é definitivo. Por enquanto fica dois jogos. Não é o resto do campeonato e isso me deixa mais tranquilo", acrescentou.
Moro ainda contou que a novidade neste julgamento foi o fato de o Furacão ter tomado providências já na partida seguinte, como a setorização na Vila Capanema para que os torcedores não transitem pela arquibancada. "Isso pegou muito bem aqui no STJD. Mostrou uma coisa nova, diferente dos casos recentes do Vasco e Corinthians [em que os dois clubes foram punidos inicialmente com quatro mandos]", disse o advogado.
Moro contou ainda que um novo julgamento só deve acontecer em três semanas, o que ocorreria depois do jogo contra o Internacional. Mas o advogado ainda vai tentar o efeito suspensivo, mesmo admitindo que seja muito difícil que seja concedido. "Bem ou mal o Atlético ainda poderá jogar no mínimo duas partidas em casa [contra Náutico e Vasco], o que pode ser decisivo para o clube", finalizou.