O Atlético perdeu aproximadamente mil sócios nos últimos 45 dias. A fraca campanha no Campeonato Paranaense, a incerteza sobre o futuro do time na temporada e a insatisfação com a gestão do clube são alguns dos motivos que levam os sócios a cancelarem o vínculo com o clube. Hoje são cerca de 19 mil adimplentes.
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A brusca queda no número de associados contribuintes assustou a diretoria atleticana, que tem tentado contornar a perda na arrecadação, o apoio das arquibancadas e os prejuízos gerados pela média de público no Estadual (7.123 por jogo) de todas as formas.
A redução no preço do sócio VIP e reabertura das associações ao setor Fan, o mais barato (R$ 100 por mês), foram as medidas emergenciais.
A contratação de reforços também. O clube já trouxe oficialmente três jogadores (Walter, Jadson e Ytalo) e está em busca de pelo menos mais cinco. No entanto, à exceção de Walter, nenhum deles trouxe a marca de “selecionável”, prometida há quase um mês pelo vice-presidente do clube, Salim Emed, para convencer sócios a não abandonarem o clube. A promessa de investimento também foi feita por Petraglia, em mensagem em vídeo que circulou em grupos de torcedores no aplicativo Whatsaap.
Ao mesmo tempo que acompanha o encolhimento da torcida, o Atlético vê crescer nos bastidores um grupo de oposição que garante contar com a adesão da maioria do conselho deliberativo.
O Movimento Atleticano surgiu no ano passado, com viés inicialmente apolítico, e tem o comando de torcedores comuns, ilustres e até alguns conselheiros que apoiaram a atual diretoria.
Uma das principais lideranças é o ex-presidente José Carlos Farinhaki. A sequência de resultados ruins tem feito o grupo crescer em adesões.
Nesta quarta-feira (22) um jantar mobilizou aproximadamente 300 torcedores preocupados com os rumos do futebol apresentado pelo clube, que hoje disputa o Torneio da Morte do Paranaense, na luta contra o rebaixamento para a Segunda Divisão. “Temos de conscientizar os torcedores da necessidade de oposição. Não tempos um articulador. Reunimos todos os movimentos de oposição para aglutinarmo-nos em uma força só”, disse Farinhaki.
O ex-presidente não será candidato, afinal não possui as condições exigidas (como tempo de associação). “Precisamos de uma administração sem tanto poder ao presidente. Ele tem de responder e dar espaço para mais gente”, completou.
Apesar de contar com a presença e apoio de outras lideranças de oposição, como o advogado Henrique Gaede, o ex-presidente João Augusto Fleury e o empresário Louremar Ribeiro, o grupo não apontou e, garante, não apontará nenhum candidato até outubro, época prevista no estatuto do clube para lançar uma chapa na disputa.
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