Atlético pode ser punido pelo STJD por insultos racistas de torcedor na Baixada

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O Atlético pode ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa dos insultos racistas proferidos por um torcedor do clube ao jogador Tchê Tchê, do Palmeiras, domingo (14), na Baixada. O suspeito chamou o atleta palmeirense de “macaco”. A procuradoria do STJD está analisando as imagens do incidente para em seguida decidir se denunciará o clube ou não.

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O Furacão, por sua vez, segue tentando descobrir o agressor. O presidente Luiz Sallim Emed garante que, apesar das tentativas, o suspeito ainda não foi identificado. “Seria bom se recebêssemos a ajuda de algum torcedor, alguém que conhece esta pessoa, seu nome”, pede Sallim, que admite a possibilidade de sanção. “O Atlético vai apresentar todo o processo que foi feito para ajudar na investigação. A gente nunca sabe qual será a interpretação do tribunal e isso sempre é um risco. A atitude do torcedor é inaceitável”, reforça.

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O caso pode ser enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê punição à prática de “ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. A pena prevista ao clube é de multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Dependendo da interpretação do STJD, o Atlético poderia também ser punido com a perda de mandos ou jogando com portões fechados.

Já sobre perda de pontos, há uma ressalva no CBJD que deixa claro que ela só acontecerá caso a “infração seja praticada simultaneamente por um considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva”. Ou seja, as chances do Furacão ser punido com a perda de pontos no Brasileiro são remotas.

É este último parágrafo que distingue a situação vivida por Tchê Tchê daquela enfrentada pelo goleiro Aranha. Em 2014, quando defendia o Santos, o arqueiro foi chamado de “macaco” por vários integrantes da torcida gaúcha. Na ocasião, o STJD excluiu o time gaúcho da Copa do Brasil e aplicou uma multa de R$ 54 mil.

Já o suspeito, caso identificado, ficará proibido de ingressar na Baixada pelo prazo mínimo de 720 dias. Caso acusado de injúria racial, poderá responder ainda ao artigo 140, parágrafo 3.º do Código Penal, que prevê reclusão de um a três anos.