Herói da inédita medalha de ouro olímpica e agora convocado frequentemente para a seleção brasileira, o goleiro Weverton nunca esteve tão em alta. Mas apesar de esperar muito assédio de clubes do exterior para contratar o jogador de 28 anos já a partir de janeiro, na janela de inverno na Europa, o Atlético garante que só vai negociá-lo por um valor que considerar ‘interessante’. O contrato do atleta termina em maio de 2018.
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“Vai ser preciso uma proposta muito atraente para o negociarmos. Não tem por que sair por algo que não seja tão vantajoso, tanto para o clube quanto para o jogador”, avisa o presidente Luiz Sallim Emed, que ressalta, contudo, que não há motivo para tentar segurar o arqueiro em caso de uma oferta justa.
“Gostaria muito que ele pudesse permanecer. Apesar de ainda ser novo para um goleiro, ele também tem perspectiva de fazer sua independência financeira. Se não surgir nada ele vai ficando. Mas não dá para criar empecilho se chegar algo interessante para os dois lados”, avalia o dirigente.
Segundo o site Transfermarkt, especializado no mercado do futebol, o Weverton vale 3 milhões de euros – aproximadamente R$ 10,8 milhões, mas a cotação é datada de antes da conquista na Rio-2016 e das convocações de Tite.
Para o empresário do goleiro, Roberto Gilvaz, hoje o valor seria prontamente recusado pela diretoria atleticana. “Tenho certeza de que por isso ele não será negociado. Dá para fazer o paralelo com o Allison [titular da seleção] que foi vendido para a Roma por 5 milhões de euros, valor que pode chegar a seis, sete milhões com bônus de metas. Ele é reserva na Itália e daqui a pouco, se parar de ser convocado, já não vale mais isso. Se o Weverton virar titular, de 3 milhões de euros passa para 10 milhões”, comenta o agente.
Segundo Gilvaz, por enquanto chegaram apenas sondagens por Weverton. O empresário, no entanto, aguarda a movimentação do mercado assim que a janela de contratações abrir, no início de janeiro. “É claro que ele tem interesse de crescer e buscar novos caminhos, é o objetivo de qualquer profissional. A princípio está aberto para isso. Vamos ver se pinta algum clube interessado que tenha condição de fazer essa investimento. Dentro do Brasil há interessados, mas ninguém pode pagar o que ele vale”, afirma.
“Ele não tem preferência de um país ou outro. O que é importante é disputar competições importantes e dar boas condições de trabalho”, emenda.