A redução no valor dos ingressos anunciada nesta terça-feira pelo Atlético para as partidas na Vila Capanema não atende às exigências da Procuradoria do Consumidor (Procon).
Em nota publicada no site oficial, a diretoria do Furacão enfatiza que a redução dos bilhetes cujo valor mais baixo, o da arquibancada, passa de R$ 150 para R$ 120 - cumpre exigência do Procon. Entretanto, segundo a advogada do órgão, Cila Santos, os novos valores não condizem com o exigido na notificação feita ao clube no começo do mês, quando o ingresso saltou de R$ 100 para R$ 150. "O processo administrativo instaurado exige que o clube volte a praticar os preços anteriores ao aumento", explica a advogada.
Após subir o valor dos ingressos avulsos a partir do jogo com o Corinthians, no último dia 21, o Procon notificou o Atlético por aumento abusivo. A redução anunciada pelo clube nesta terça não extingue o procedimento que está em análise no órgão de defesa do consumidor. Se for punido, o Rubro-Negro pode ser multado em até R$ 6 milhões. "A prática lesiva já foi feita. O consumidor já foi prejudicado", afirma Cila.
A advogada do Procon explica que mesmo com a redução, o valor dos bilhetes segue alto e fora do estabelecido na notificação. "Esta prática não serve como atenuante porque o clube não seguiu a obrigatoriedade da notificação do Procon", enfatiza Cila.
O procedimento ainda não tem data para ser finalizado. Assim que sair a decisão, cabe recurso ao Atlético.
Conforme análise dos borderôs da última rodada do Brasileirão, o Furacão segue com o ingresso avulso mais caro da Séria A mesmo com a redução. Atrás do Atlético, vêm o arquirrival Coritiba, cujo tíquete custa R$ 95, com Flamengo e Cruzeiro na sequência, ambos com bilhete a R$ 80.
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