Treino do Atlético na Vila Capanema, palco do jogo de amanhã com o The Strongest, da Bolívia, pela Libertadores| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

O projeto do sub-23 do Atlé­­tico dá sinais de maturidade diante do afrouxamento da fronteira com o time principal que vem ocorrendo no início desta temporada. Figuras da equipe de cima jogam sob o comando de Petkovic tranquilamente, enquanto os relegados começam a encontrar um caminho mais curto para chamarem Miguel Ángel Portugal de chefe.

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INFOGRÁFICO: Confira os jogadores que atuaram tanto no Sub-23 quanto na equipe principal do Atlético

Amanhã, quando o Fura­­cão enfrentar o The Strongest, às 20 horas, na Vila Capanema, deve ter oito jogadores, entre titulares e reservas, que em algum momento passaram pelo sub-23 nesta temporada.

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Nessa lista constam Carlos César, Lucas Olaza, Bruno Mendes, Marcos Guilherme, Otávio, Mosquito, Douglas Coutinho e Dráusio. Alguns foram promovidos, outros ganharam ritmo, outros ainda estão lotados no sub-23. Mas de alguma forma experimentaram os dois mundos.

Quando foi criado, no início de 2012, essa espécie de time B foi usada mais como uma clínica de reabilitação do que um time de transição entre a base e o principal. Passaram por lá Nieto, Morro García, Edigar Junio, Pablo… A única perspectiva era jogar amistosos contra equipes amadoras, o que mudou no ano passado com a disputa do Paranaense. Subiram nessa leva Léo e Douglas Coutinho. Neste ano, o processo de vai e vem se intensificou.

"A ideia principal de um sub-23, seja lá o nome que for, é cuidar dessa fase importante da formação do atleta que é a transição. O sub-23 dá mais riqueza e bagagem para consolidar o trabalho de formação", opinou o técnico do Criciúma, Ricardo Drubscky, que treinou as equipes sub-23 e de cima do Furacão em 2012.

Depois do Atletiba de do­­­­mingo, o técnico do sub-23, Petkovic, afirmou que "existe apenas um time: o Atlé­­tico Paranaense". Tem sua razão. Tanto que Miguel Ángel Portugal pediu e colocou três jogadores para ganhar cancha. Uma outra faceta da e­­quipe de baixo, que fornece avaliações imediatas e que não seriam possíveis somente com treinamentos.

"Uma coisa é informação que vem sobre o jogador [na hora da contratação], mas tem de ver na prática para ver se corresponde", comentou o ex-preparador físico atleticano, Moraci Sant’anna, que acompanhou de perto a comunicação entre as equipes.

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Contra-ataque é a ‘fortaleza’ do Strongest

Atual campeão do Torneo Apertura – primeiro turno do Campeonato Boliviano –, o The Strongest chegou no final da noite de ontem a Curitiba com uma proposta clara para bater o Atlético amanhã, às 20 horas, na Vila Capanema: apostar nos contra-ataques.

Essa forma de jogar não é exclusiva por atuar fora de casa. É um estilo que o técnico Eduardo Villegas impõe na equipe desde 2012 e que nesta temporada tem o reforço do atacante panamenho Boris Alfaro, o motorzinho da equipe boliviana. "O Tigre [apelido do time] tem a fortaleza no contra-ataque e esse grupo vem há três anos com a mesma base com Villegas. Certamente isso vai ajudar", opinou o jornalista Roberto Acosta, da Rádio Deporte da Bolívia.

Essa é a 20ª participação do The Strongest na Libertadores. Apesar de bater ponto na competição, não costuma ir longe. O máximo que avançou foi às oitavas de final em 1990 e 1994. Uma história que o meia-atacante Pablo Escobar, o grande destaque dos tigres, pretende mudar a partir de amanhã. "Em duas oportunidades estivemos perto de conseguir a classificação e com boas partidas como visitantes podemos avançar", disse ele, antes do embarque para o Brasil.

Para o confronto com o Atlético, o técnico não terá à disposição o volante Chumacero (lesionado) e o atacante Walter Veizaga (suspenso).

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