Mancini cobra equilíbrio e vitória em casa
A suada, mas expressiva vitória sobre o Galo, ontem, em Belo Horizonte, é prova nítida do desequilíbrio atleticano no Brasileiro. Dos 13 pontos conquistados pelo Furacão, nove foram somados longe de Curitiba.
O número representa 69% da pontuação da equipe no campeonato. Assim, fazer bonito em casa se tornou a mais nova ambição do técnico Vagner Mancini. Para seguir evoluindo, será preciso ganhar diante da torcida. "Não tenho dúvida de que, se olharmos a campanha, falta equilíbrio. Temos de vencer em Curitiba e espero que seja domingo. Chegou a hora de vencer em casa", falou o treinador, citando a partida contra o Goiás, domingo, às 16 horas, na Vila Capanema.
Até aqui, o Furacão atuou quatro vezes como mandante pelo Nacional. Contra o Cruzeiro, na Vila Olímpica, Flamengo, em Joinville, e Grêmio e Corinthians, no Durival Britto. Empatou todos os duelos.
"Fora de casa tivemos um time bem armado. Precisamos, em casa, de uma postura de equipe que pretende estar em uma boa posição na tabela", adicionou Mancini, que comandou o Furacão também no duelo com a Portuguesa, no último sábado. Em ambos, o resultado positivo ocorreu nos minutos finais do confronto.
Contra o Galo, o atacante Éderson foi quem decretou a comemoração rubro-negra na Arena Independência, palco de vitórias históricas do atual campeão da Libertadores. Artilheiro do clube no Nacional com cinco gols, ele aumenta a dúvida do treinador, que escalou Dellatorre ao lado de Marcelo como titular ontem.
"Vinha lutando muito por esse gol. Há quatro jogos não marcava e tive a oportunidade de fazer aqui. Agora precisamos ir para cima em casa e vencer de novo", fechou.
Em três minutos, o Atlético derrubou ontem, em Belo Horizonte, o melhor time das Américas. O Atlético-MG, que nunca havia perdido na Arena Independência e somava 52 jogos de invencibilidade como mandante (38 no Independência), tinha o duelo nas mãos após Bernard abrir o placar a dez minutos do fim.O bordão da torcida de "Caiu no Horto, tá morto", que embalou a conquista da Libertadores, provocava mais uma vítima. Mas o que começou como festa terminou como decepção para o anfitrião.
Revelação do Galo e um dos destaques da seleção brasileira que deve trocar Minas Gerais pela Ucrânia (Shakhtar Donetsk) por cerca de R$ 75 milhões , Bernard foi expulso após tirar a camisa na comemoração do gol, logo em sua 100.ª aparição pelo clube.
Com um homem a mais em campo, o Furacão se viu incentivado a abrir mão do contra-ataque, partiu para cima e, em pleno Horto, virou a partida, com Everton (40/2.º) e Éderson (43/2.º).
Mais do que colocar o Rubro-Negro na parte de cima da tabela, com 13 pontos, o triunfo por 2 a 1 injeta alta dose de moral no grupo. "Não tenho dúvida de que esse tipo de vitória faz com que o time readquira confiança e dá a chance de a gente deslanchar no campeonato", comemorou o técnico Vagner Mancini, de participação crucial no resultado.
Após sofrer o gol, o comandante trocou Bruno Silva por Zezinho. O capitão do sub-23 foi decisivo ao acertar passes precisos para ambos os gols paranaenses. "Após tudo isso, espero que o torcedor passe a acreditar. Estamos no início, tem muita coisa a ser feita, não estamos no ponto ideal. Mas as vitórias de hoje [ontem] e de sábado [3 a 2 sobre a Portuguesa] podem nos colocar em uma disputa diferente, mais acima na tabela", aposta o comandante, que armou o time para marcar muito e explorar os contragolpes.
A estratégia atleticana funcionou muito bem desde o apito inicial até o momento em que sofreu o gol. Com velocidade, o Atlético conseguia levar perigo ao gol de Victor. A melhor chance do primeiro tempo veio com Elias, em chute de fora da área.
Mais vazada do campeonato até o início da rodada, a defesa rubro-negra teve problemas apenas quando o Galo acionou Bernard.
No segundo tempo, o script continuou o mesmo. Marcação forte e saída rápida do campo de defesa, principalmente com o lateral-direito Léo. A maior posse de bola dos donos da casa (59%) não significou predominância no campo. Nem mesmo quando levou um baque. Ontem, quem morreu, foi o Galo.
"Foi uma vitória suada, assim como foram as últimas, mas é óbvio que estamos satisfeitos", conclui Mancini, que segue invicto. São três vitórias e dois empates, entre Nacional e Copa do Brasil.
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