Embalado pela vitória fora de casa sobre o Fluminense, sábado (24), pelo Brasileiro, o Atlético agora concentra sua atenção para a Sul-Americana. E para seguir vivo no torneio internacional, o Furacão espera ter de vencer uma versão personalizada da ‘Guerra do Paraguai’.
O clima bélico, hostil, para o jogo decisivo das quartas de final, marcado para a próxima quarta-feira (28) diante do Sportivo Luqueño, em Luque, no Paraguai, é uma promessa do técnico adversário. Após a derrota em Curitiba, o técnico da equipe paraguaia, Eduardo Rivera, disparou contra o tratamento recebido na capital paranaense.
Entre outras coisas, o treinador reclamou das ações da torcida atleticana contra sua equipe antes da partida, que fez barulho em frente ao hotel em que o Luqueño estava concentrado, qualificando o incômodo passado pela delegação visitante como jogo sujo do clube paranaense.
Além disso, criticou o fato de não ter podido fazer o reconhecimento do gramado da Arena antes do duelo.
Além das polêmicas extra-campo, o Sportivo Luqueño condenou também a cotovelada desferida pelo atacante Walter sobre o zagueiro Meza, na origem do lance do gol do meia Marcos Guilherme. A página oficial da equipe paraguaia reforçou as acusações contra o atacante, prometendo ‘dar o troco’. “O Paranaense terá a mesma atenção que tivemos aqui [em Curitiba], nós somos de retribuir”, afirmou Rivera, em tom irônico.
Para o goleiro Weverton, o ambiente criado na vitória por 1 a 0 na Arena da Baixada deve ser ainda mais intenso na partida desta semana. “É uma motivação a mais para a decisão. É guerra e vamos precisar de todo mundo”, afirmou.
Walter, por sua vez, se defendeu da polêmica, afirmando que não viu a aproximação do defensor no lance questionado por Rivera. “Pegou sim, mas se você ver, estou olhando só para a bola. Ele levou azar que baixou a cabeça, mas não foi por querer”. O avante aproveitou para reafirmar o clima de rivalidade criado entre as duas equipes. “É guerra, jogo que gosto de jogar, de contato. A gente mostra quem é quem. É focar na quarta-feira, vai ser um jogo de guerra, um jogo que todo mundo está esperando”, concluiu.
Com a má campanha no segundo turno do Brasileirão, em que conquistou apenas 12 dos 39 pontos possíveis, o Furacão saiu da briga pelo G4 e o título da Copa Sul-Americana se transformou no caminho para o Furacão chegar à próxima edição da Libertadores.
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