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Cléo lamenta o pênalti perdido na Arena, enquanto o goleiro Magrão é celebrado pelos companheiros do Sport | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Cléo lamenta o pênalti perdido na Arena, enquanto o goleiro Magrão é celebrado pelos companheiros do Sport| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Em Alta

Natanael

O lateral-esquerdo de 23 anos se mostrou muito participativo contra o Leão. Por mais que às vezes cometa erros bisonhos no ataque, o ex-jogador do Cuiabá foi incansável ontem. Desarmou, cruzou, bateu falta e criou opções para seus companheiros. Nada mal para quem chegou ao clube no começo do ano como um mero desconhecido que havia jogado no máximo a Série D. Seguirá como titular na próxima temporada.

Em Baixa

Marcos Guilherme

O jovem de 19 anos teve atuação discreta e foi novamente vaiado pela torcida atleticana na Arena. As críticas aconteceram em diversos momentos do jogo e também quando foi substituído por Dellatorre, aos 13/2º. É a segunda vez que o jogador, criado nas categorias de base do clube, passa por uma situação dessa. Contra o Vitória, no returno, ele chegou a chorar no vestiário após as vaias.

O técnico Claudinei Oliveira bem que tentou, mas não conseguiu evitar o relaxamento natural do elenco após a arrancada que salvou o Atlético do rebaixamento no Brasileiro.

Confira as notas dos jogadores do Atlético na derrota para o Sport

Confira a classificação do Brasileiro

Ontem, contra o Sport, na Arena da Baixada, o desempenho foi visivelmente aquém daquele time que havia vencido 15 dos últimos 18 pontos disputados. O resultado foi uma atuação sem inspiração e a derrota, diante da torcida, pelo placar mínimo.

"Não acho que estávamos acomodados com a situação. Mas houve uma sensação geral de alívio. Eles [jogadores] ouviram por muito tempo que o time iria cair e depois ganharam cinco dos últimos seis jogos. É normal esse sentimento", descreveu Claudinei, que viu a retranca do Leão parar o ataque do Furacão.

Ter a posse de bola por 60% do tempo e 14 escanteios a favor não significou, no caso dos donos da casa, ser eficiente. Após sofrer o gol do Leão no início do segundo tempo – o meia Diego Souza marcou em um bonito voleio aos oito minutos –, os rubro-negros pressionaram para conseguir o empate. Sem paciência, o máximo que conseguiram foi ter uma penalidade máxima a favor. Só que Cléo, o artilheiro rubro-negro no campeonato com nove gols, desperdiçou.

Com a vantagem, os pernambucanos sacaram dois atacantes para povoar o meio de campo com mais dois marcadores.

Funcionou. O domínio foi do Atlético, mas com pouca objetividade. "Tivemos quase 70% de posse de bola no segundo tempo. Buscamos, tivemos a chance na penalidade... Não fomos brilhantes, mas não faltou vontade. Infelizmente hoje [ontem] não aconteceu", lamentou o treinador atleticano.

A terceira derrota do time na Arena em 2014 (perdeu também para Fluminense e Internacional), contudo, não vai mudar o planejamento traçado para as quatro rodadas derradeiras do Nacional. A comissão técnica pensa na próxima temporada, mas não vai desmontar a escalação para dar experiência a jogadores que foram pouco aproveitados até aqui.

Isso significa que nos jogos contra Santos, Bahia, Goiás e Palmeiras no máximo um ou dois atletas com pouca rodagem devem aparecer entre os titulares. O volante Hernani e o meia Nathan, por exemplo, devem ganhar mais rodagem.

"Podemos fazer sim algumas alterações para o próximo ano. O clube precisa definir algumas questões de contrato também, mas não vamos desconfigurar a equipe. Podemos testar um ou dois jogadores, mas temos de terminar bem o campeonato", lembra o técnico, ele próprio ainda sem a renovação definida.

Técnico cobra ‘pegada’ do time

O técnico Claudinei Oliveira mostrou preocupação, após a derrota para o Sport ontem, na Baixada, com a imagem que seu time vai deixar nas rodadas finais do Brasileiro. Segundo ele, o Atlético precisa manter a pegada que mostrou na arrancada que acabou com o risco de rebaixamento do clube.

Esse é um dos motivos pelo qual o treinador prefere manter a base da equipe, mesmo sem perspectiva alguma no campeonato. "Não podemos achar que viramos gênios do futebol... É a mesma equipe que ninguém acreditava. Não queremos fazer o trabalho ir por água abaixo", falou.

A primeira oportunidade de recuperar a boa impressão deixada nas últimas semana já é nesta quarta-feira, contra o Santos, em casa. "A única coisa boa de ter um jogo agora, no meio de semana, é que podemos recuperar", afirmou.

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