Pior setor do Atlético na última temporada, a defesa promete briga quente por posições em 2016.
Ano passado, a zaga rubro-negra foi vazada 69 vezes nos 65 jogos que disputou entre Estadual, Copa do Brasil, Brasileiro e Sul-Americana – média superior a um gol por jogo. Número que o trio Gustavo, Nem e Rogério Corrêa, zagueiros titulares do título nacional em 2001, acreditam que desta vez serão bem diferentes.
“O Atlético agora parece estar bem servido no sistema defensivo. Pelo menos a diretoria escutou a torcida e trouxe jogadores mais experientes”, destaca Nem.
Além dos remanescentes Cleberson e Vilches, foram apresentados os zagueiros Paulo André, que estava no Cruzeiro, Thiago Heleno, que disputou o Brasileirão pelo Figueirense, e o jovem Léo Pereira, que retornou de empréstimo do Guaratinguetá.
Já o antigo titular Kadu, muito criticado pela torcida, foi negociado com o Grêmio. “Fico com um pé atrás com o Paulo André por conta das lesões. Se ele jogar na forma que esteve no Corinthians, é excelente. O Thiago Heleno fez um ótimo Brasileirão e o Cleberson é um jovem que eu aposto muito e para mim seria o titular”, opina Rogério Corrêa.
Para o ex-zagueiro, um esquema com três zagueiros, nos moldes de 2001, poderia funcionar com as peças atuais. “O sistema com três zagueiros foi abortado no futebol brasileiro. Mas se fosse para escalar seria o Paulo André na cabeça de área,fazendo a função do Nem, Thiago Heleno e Cléberson pelos lados, assim como eu e o Gustavo”, sugeriu o ex-camisa 4 do Furacão.
Já Gustavo, que esteve presente na apresentação dos reforços para a defesa, aposta na experiência para formar a dupla ideal. Pelo menos no papel. “Os dois [Paulo André e Thiago Heleno] vieram pra jogar. São dois reforços de altíssimo nível. Se vão encaixar é outra história. Vai ser uma briga forte pelas posições com todo esse pessoal. É o que chamamos de problema bom para o técnico”, diz.
Para o capitão do título mais importante da história atleticana, o ideal é que Cristóvão tente encaixar um zagueiro experiente com um mais novo no time. Assim, o time ficaria com um jogador capaz de guiar a defesa e outro mais veloz.
“Na minha carreira sempre foi assim. Naquele Atlético de 2001, por exemplo, eu era o mais velho e jogava mais centralizado dando cobertura para o Gustavo e para o Rogério”, aconselha Nem.
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