O último capítulo da temporada do Atlético foi melancólico. O ano que era para ser o do futebol, como propagado pelo presidente Mario Celso Petraglia, terminou com uma goleada sofrida para o Santos por 5 a 1, no domingo (6), na Vila Belmiro.
TABELA: Veja como ficou a classificação final da Série A
Só uma continuação do fraco desempenho atleticano em campo durante todo 2015. O Furacão disputou o Torneio da Morte no Paranaense – quadrangular que definiu os dois rebaixados no Estadual –, foi eliminado pelos inexpressivos Tupi-MG na Copa do Brasil e Sportivo Luqueño-PAR, na Copa Sul-Americana, e terminou numa modesta 10.ª colocação no Brasileirão – com 14 vitórias, nove empates e 15 derrotas.
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A humilhante despedida do Brasileirão se dá praticamente no auge da corrida eleitoral no clube – o pleito está marcado para o próximo sábado (12) – e que pode servir de arma política para a oposição, da chapa Atlético de Novo, que concorre contra a CAPGigante, de Petraglia.
A atual diretoria, porém, ainda tem atos finais antes da eleição. Todos relacionados a renovações de contratos de jogadores importantes, como o atacante Walter e o lateral-direito Eduardo. Sem contar o técnico Cristóvão Borges.
A levar pela derrota em Santos, poucos se salvariam. Na Vila Belmiro, o Rubro-Negro foi presa fácil. Apesar de sair na frente com gol do zagueiro Cleberson, a virada foi arrasadora. Geuvânio e Gabriel (duas vezes cada) e Vitor Bueno construíram o 5 a 1.
“Não acompanhamos as jogadas e acabamos tomando cinco”, resumiu rapidamente o atacante Crysan, que teve atuação praticamente nula em campo.
“Pelo tempo que tivemos, acredito que a equipe evoluiu. O tempo foi curto”, avaliou o treinador Cristóvão Borges, que veio na 30.ª rodada do Brasileirão para substituir Milton Mendes, que chegou a colocar o time na liderança e a figurar no G4 no primeiro turno.
Entre os atletas, a temporada de altos e baixos serviu como aprendizado. “No momento de ter maturidade deixamos a desejar”, avaliou o volante Otávio, a principal revelação do elenco. “Aprendemos para ano que vem fazer uma temporada inteira bem e não cometer mais esses erros”, completou o jovem de 21 anos, que para 2016 sonha com uma vaga na seleção olímpica.
Craque
Gabriel
O substituto do artilheiro Ricardo Oliveira cumpriu bem a missão, apareceu bem na área, marcou dois gols e levou perigo à meta do goleiro Rodolfo.
Bonde
Deivid
Foi um dos ícones da fragilidade defensiva do Atlético, perdendo várias jogadas fáceis no meio-campo. Jogou parte do segundo tempo na lateral-direita e o desempenho continuou ruim.
Guerreiro
Geuvânio
Marcou um gol, deu uma assistência e conduziu bem o ataque santista em campo.
Gols
1º tempo
0x1 (12 min) – Após a cobrança de escanteio de Sidcley, Cleberson sobe com liberdade e de cabeça abre o placar para o Furacão.
1x1 (13 min) –No lançamento de Gabriel para Geuvânio, ele passa pelo goleiro Rodolfo antes de chutar para empatar o jogo.
2x1 (29 min) –Geuvânio toca rasteiro para Gabriel, livre de marcação, mandar para o fundo das redes.
2º tempo
3 x 1 (14 min) –No cruzamento de Victor Ferraz, Gabriel recebe livre de marcação e amplia para o Peixe.
4 x 1 (28 min) –Gabriel toca boa bola para Vitor Bueno, que manda para o fundo das redes e faz o quarto do Peixe.
5 x 1 (34 min) –Vitor Bueno toca na área e Geuvânio, livre de marcação, faz o quinto.
Chave do jogo
Com um sistema de marcação frágil e comentendo constantes erros, o Atlético foi facilmente envolvido pelo Santos, que ao natural construiu a goleada.
Cartões
Amarelos: Deivid (A)
Vermelhos: não teve.