Na apresentação do projeto da grama sintética, nesta segunda-feira (23), o Atlético reforçou o caráter econômico da mudança do piso da Arena da Baixada. Além de arcar com um custo de manutenção inferior ao do gramado natural, o Furacão mira a realização de eventos no estádio.
“É uma troca de uma fonte de despesa para uma fonte de receita. São mil questões que podem ser resolvidas que hoje o futebol inibe. Teremos mais liberdade, a criatividade estará solta para usar o pavimento”, aposta Luiz Volpato, diretor construtor do clube.
Inauguração
O Atlético deverá fazer a estreia do gramado sintético da Baixada na Liga Sul-Minas-Rio. A previsão é que o novo piso esteja pronto dia 15 de fevereiro e o Furacão estreia em casa pela competição nacional em seguida, no dia 18, contra a Chapecoense ou Criciúma.
Outra competição do primeiro semestre, o Paranaense começa em 31 de janeiro. A tabela da competição deverá ser divulgada ainda esta semana. Conforme forem marcados os jogos, o Rubro-Negro precisará emprestar outro estádio para estrear como mandante na disputa.
“Se estiver pronto antes, vamos jogar. A intenção é que o Atlético não precisa jogar mais um período fora de casa. Mas, certamente, vamos correr com a obra para jogarmos rapidamente”, declarou Luiz Sallim Emed, vice-presidente do clube e candidato ao Conselho Administrativo pela chapa CAPGigante nas eleições.
A diretoria do Furacão preferiu não revelar qual o custo da alteração. Especula-se que a instalação – que durará dois meses, de 15 de dezembro a 15 de fevereiro – gire em torno de R$ 4 milhões. O recurso será colocado pela Global Stadium, que é também fabricante do material.
“A retirada trará para frente benefícios com o custo de manutenção. Existe um estudo de que em menos de um ano conseguiremos recuperar isso”, afirma Luiz Sallim Emed, vice-presidente do Furacão e candidato ao Conselho Administrativo pela chapa CAPGigante.
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O Furacão teve problemas no único show de grande porte que realizou na praça esportiva após a Copa do Mundo, do cantor britânico Rod Stewart, em setembro. Foi preciso trocar a grama onde o palco ficou posicionado, no setor próximo do gol de entrada da Baixada, na Rua Buenos Aires.
“Utilizamos a melhor proteção de gramado. E tivemos uma queda substancial de qualidade, surpreendeu até o nosso consultor. Ele não acreditava que chegaria ao nível que chegou”, comenta Volpato.
Diretor da Global Stadium, Luís Botas garante que a grama sintética apresenta uma solução melhor para a proteção do campo de jogo para outros eventos. “Já tivemos essa experiência”, diz.
Em cerca de um ano e meio de utilização do novo Joaquim Américo, o Atlético ainda não conseguiu emplacar a vocação de local multiuso, um dos trunfos da praça esportiva, que conta também com teto retrátil.
Além de Rod Stewart, a Arena tem agendada apenas mais uma atração fora do futebol, o festival sertanejo Loop 360, dia 12 de dezembro.
O Rubro-Negro tentou organizar um evento de MMA na Baixada, no ano passado, em parceria com a empresa G3 United, do ramo de entretenimento. A promoção do Shooto Brasil, entretanto, fracassou pelo atraso na colocação do teto retrátil.
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