A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pretendia fazer o Atlético jogar na segunda-feira (11) e na quarta-feira (13) da próxima semana, intervalo menor do que as 72 horas determinadas por lei entre uma partida e outra. Mesmo com jogo marcado pela 14ª rodada do Brasileirão, diante do Cruzeiro, em Belo Horizonte, na próxima segunda, a CBF chegou a consultar o clube sobre a possibilidade de o Furacão abrir o confronto da terceira rodada da Copa do Brasil, contra a Chapecoense, dois dias depois.
A medida causou indignação no técnico atleticano, Paulo Autuori. “Você vê a confusão e a falta de critério de quem trabalha com o calendário. Tentaram fazer nosso jogo quarta-feira, mas esqueceram de que iríamos jogar na segunda. Chegaram a consultar o clube. É impressionante, absurdo”, sentenciou o treinador.
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Autuori aproveitou para subir o tom contra a cúpula da entidade que comanda o futebol brasileiro. “Não tenho problemas com pessoas, meu problema é conceitual. Mas a CBF só vai mudar trocando pessoas, quem comanda. Não vou perder nunca a oportunidade de, nessas trapalhadas, cobrar o envolvimento dos intervenientes do jogo, para poder propor coisas e mudar a conjuntura”.
Também crítico da CBF e da estrutura da entidade, o zagueiro Paulo André cobrou mais participação nas tomadas de decisão. “São poucos que compreendem o que precisa ser feito para melhorar nosso futebol, e a participação dessas pessoas ainda é muito pequena nas tomadas de decisão”, reclamou.
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O defensor é um dos fundadores do movimento Bom Senso FC, composto por jogadores e técnicos que buscam mudanças na confederação. Paulo André aproveitou o ‘aniversário’ de dois anos da semifinal da Copa do Mundo de 2014, em que o Brasil foi goleado por 7 a 1 pela Alemanha, para cobrar mais coragem dos envolvidos com o esporte em busca de uma melhora. “Quem quis aprender, aprendeu, buscou adquirir conhecimento, e quem não queria mudar nada, mudou muita coisa para que nada mudasse. Espero que cada um, atletas, torcedores, dirigentes, tenham mais coragem para participar da discussão e não mais se submeter às coisas ruins que nos levaram aos fracassos recentes”, concluiu.
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