O rompimento do Atlético com as torcidas organizadas tem o aval do comandante do time. O técnico Paulo Autuori não enxerga as organizadas como necessárias.
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“Sou do tempo que não existiam organizadas e sim grupos de torcedores. O clube é a estrela, se existe paixão pelo clube, ela tem que ser demonstrada, mas hoje o que existem são muitos interesses por trás”, apontou.
Segundo o treinador, a violência faz parte da sociedade, e o futebol não está alheio a tais problemas. Contudo, Autuori condena a violência vista nos recentes confrontos entre torcidas. “Essa violência não tem nada a ver com o futebol. Uma coisa é torcer, outra são atitudes completamente fora da legalidade e da ordem. Sou crítico contra a violência no futebol em todos os sentidos, e isso transcende o jogo”, afirmou.
A opinião não é consenso. Já o meia Vinícius tem posição diferente do comandante. Segundo o jogador, nascido em Curitiba e conhecedor do cenário local, quando se pensa em torcedor do Atlético a ligação imediata que se faz é com a organizada Os Fanáticos, alvo principal da crise com a diretoria.
O meia porém, lamenta as recentes confusões em que os organizados se envolveram. “Eu que cresci aqui sei que quando se fala em torcida do Atlético, se fala da Fanáticos. A gente sabe que em de campo as organizadas fazem coisas lindas, cantam, torcem, fazem um espetáculo, mas infelizmente ultimamente está tendo esses episódios ruins, de violência”.
De acordo com o armador atleticano, a esperança é que diretoria do clube e torcedores entrem em acordo e resolvam as diferenças que têm sido expostas nos últimos dias. “A gente fica triste em relação ao Atlético e a organizada, a gente torce para que se entendam o mais rápido possível para que tudo volte ao normal”, concluiu.