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O meia Paulo Baier, camisa 30 do Rubro-Negro, recebeu apoio da torcida nas redes sociais, mas empresário vê pouca chance de renovação do contrato | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
O meia Paulo Baier, camisa 30 do Rubro-Negro, recebeu apoio da torcida nas redes sociais, mas empresário vê pouca chance de renovação do contrato| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

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Paulo Baier chorou ao descobrir que o Atlético estabeleceu o fim da atual temporada como seu prazo de validade no CT do Caju.

O meia soube da intenção da diretoria há duas semanas, após a partida contra o Internacional (26/9), pela Copa do Brasil. Prestes a completar 39 anos – faz aniversário dia 25/10 – o gaúcho não segurou as lágrimas, mas transformou a decepção em força para se tornar o grande protagonista do Atletiba de domingo, na Vila Capanema.

"Ele desatou a chorar quando eu falei da decisão", confidenciou o empresário do veterano, Neco Cirne. "Desde então ele estava pedindo a Deus para fazer boas partidas. No domingo, a primeira coisa que fez quando acordou foi rezar e pedir um gol", completou.

Depois de marcar duas vezes contra o Coritiba e garantir a virada atleticana, Baier tem duas metas. A primeira é terminar o ano bem, chegar ao centésimo gol em Brasileiros de pontos corridos (falta apenas um) e classificar a equipe para a Libertadores.

O segundo objetivo está nas mãos do empresário. Como não pretende se aposentar antes de dezembro de 2014, o Maestro procura um time para terminar a carreira – situação que deve ser definida em no máximo 30 dias, de acordo com Cirne.

Mas ao mesmo tempo em que foi a público comentar o iminente fim de seu ciclo de quatro anos e meio no Furacão, Baier recebeu uma resposta mais do que favorável da torcida. No microblog Twitter, por exemplo, a campanha #FicaBaier ganhou milhares de adeptos.

Se o apelo será suficiente para convencer o presidente Mario Celso Petraglia, é outra história. "Acho que não. A gente sabe como o presidente trabalha. Falar agora [que não vai renovar] não foi desonestidade. Ele já tem tudo resolvido, não vai voltar atrás. Acho que até para o Paulo está resolvido. Ele ficou muito triste, acho que agora ele ficaria [no clube] só pela torcida", revelou Cirne – que também direciona a carreira do zagueiro Manoel – que, assim como o elenco de Vagner Mancini, estranhou a posição da cúpula rubro-negra.

Poupado do jogo de quarta-feira, às 21h50, contra o Corinthians, em Mogi Mirim, o camisa 30 espera uma grande festa da torcida no domingo, às 18h30, contra a Lusa. Segundo o empresário, será a noite do centésimo gol. "A torcida vai incendiar o estádio contra Portuguesa. O gol 100 vai sair nesse jogo", prevê.

E quanto mais o ‘velhinho’ balançar a rede, mais vai chamar a atenção para garantir um contrato para o ano que vem. "Não interessa de onde vier, ele vai aceitar. Como qualquer um, o Paulo tem de trabalhar. E quer trabalhar. Vamos ver o que vai acontecer", termina o agente.

Procurador vai denunciar briga e Atlético teme punição

Apesar de o árbitro Sandro Meira Ricci não ter relatado na súmula do Atletiba de domingo a briga entre integrantes de duas torcidas organizadas do Atlético nas arquibancadas da Vila Capanema, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou as imagens da confusão e vai oferecer denúncia contra o Rubro-Negro pelo ocorrido.

"Não importa que não tenha sido colocado pelo árbitro. Pedimos as imagens da televisão e será oferecida denúncia", afirmou o procurador-geral de entidade, Paulo Schmitt, à Gazeta do Povo. A acusação, se confirmada, será enquadrada no Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e pode resultar em perda de mando de campo de uma a dez partidas.

De acordo com Schmitt, o Furacão pode ser denunciado, ao todo, em até três artigos do CBJD pelos incidentes relacionados ao clássico. Além do confronto entre torcedores atleticanos, um isqueiro foi arremessado no gramado – fato que também entraria no artigo 213. Já os 12 minutos de atraso para reinício do jogo entram no Artigo 206, podendo resultar em multa de até R$ 1 mil por minuto.

A queda do alambrado do Durival Britto é outra situação capaz de prejudicar o Atlético. O fato ainda está sendo avaliado pelo STJD e pode integrar uma denúncia no Artigo 211, que tem como pena multa de R$ 100 a R$ 100 mil e, se for o caso, interdição do estádio até que as medidas da decisão sejam cumpridas.

O advogado do Atlético, Do­­mingo Moro, classificou como "delicada" a situação do clube diante das possíveis denúncias. "Sei que o Atlético fez tudo o que podia para reprimir [a briga], o que acabou acontecendo, foram lavrados boletins de ocorrência... Não sei se vai ser suficiente. Temos de aguardar as denúncias, mas o quadro é delicado", afirmou o advogado, que projeta que o caso seja julgado a partir do fim da próxima semana.

Para ele, no entanto, a espera pode prejudicar o clube no Brasileiro, já que uma possível punição seria aplicada nas rodadas finais do campeonato. "Poderá render prejuízo nas fases mais agudas da competição. Existe recurso, tentativa de efeito suspensivo. E ainda outros interessados. É só fazer o exercício para ver onde vai dar: nas partidas que podem ser decisivas", fechou Moro.

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