Interatividade
Você acha que Paulo Baier deveria ficar no Atlético em 2014?
Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br ou comente no formulário abaixo. As mensagens selecionadas serão publicadas na Gazeta do Povo.
Leia as regras para a participação nas interatividades da Gazeta do Povo.
Paulo Baier chorou ao descobrir que o Atlético estabeleceu o fim da atual temporada como seu prazo de validade no CT do Caju.
O meia soube da intenção da diretoria há duas semanas, após a partida contra o Internacional (26/9), pela Copa do Brasil. Prestes a completar 39 anos faz aniversário dia 25/10 o gaúcho não segurou as lágrimas, mas transformou a decepção em força para se tornar o grande protagonista do Atletiba de domingo, na Vila Capanema.
"Ele desatou a chorar quando eu falei da decisão", confidenciou o empresário do veterano, Neco Cirne. "Desde então ele estava pedindo a Deus para fazer boas partidas. No domingo, a primeira coisa que fez quando acordou foi rezar e pedir um gol", completou.
Depois de marcar duas vezes contra o Coritiba e garantir a virada atleticana, Baier tem duas metas. A primeira é terminar o ano bem, chegar ao centésimo gol em Brasileiros de pontos corridos (falta apenas um) e classificar a equipe para a Libertadores.
O segundo objetivo está nas mãos do empresário. Como não pretende se aposentar antes de dezembro de 2014, o Maestro procura um time para terminar a carreira situação que deve ser definida em no máximo 30 dias, de acordo com Cirne.
Mas ao mesmo tempo em que foi a público comentar o iminente fim de seu ciclo de quatro anos e meio no Furacão, Baier recebeu uma resposta mais do que favorável da torcida. No microblog Twitter, por exemplo, a campanha #FicaBaier ganhou milhares de adeptos.
Se o apelo será suficiente para convencer o presidente Mario Celso Petraglia, é outra história. "Acho que não. A gente sabe como o presidente trabalha. Falar agora [que não vai renovar] não foi desonestidade. Ele já tem tudo resolvido, não vai voltar atrás. Acho que até para o Paulo está resolvido. Ele ficou muito triste, acho que agora ele ficaria [no clube] só pela torcida", revelou Cirne que também direciona a carreira do zagueiro Manoel que, assim como o elenco de Vagner Mancini, estranhou a posição da cúpula rubro-negra.
Poupado do jogo de quarta-feira, às 21h50, contra o Corinthians, em Mogi Mirim, o camisa 30 espera uma grande festa da torcida no domingo, às 18h30, contra a Lusa. Segundo o empresário, será a noite do centésimo gol. "A torcida vai incendiar o estádio contra Portuguesa. O gol 100 vai sair nesse jogo", prevê.
E quanto mais o velhinho balançar a rede, mais vai chamar a atenção para garantir um contrato para o ano que vem. "Não interessa de onde vier, ele vai aceitar. Como qualquer um, o Paulo tem de trabalhar. E quer trabalhar. Vamos ver o que vai acontecer", termina o agente.
Procurador vai denunciar briga e Atlético teme punição
Apesar de o árbitro Sandro Meira Ricci não ter relatado na súmula do Atletiba de domingo a briga entre integrantes de duas torcidas organizadas do Atlético nas arquibancadas da Vila Capanema, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou as imagens da confusão e vai oferecer denúncia contra o Rubro-Negro pelo ocorrido.
"Não importa que não tenha sido colocado pelo árbitro. Pedimos as imagens da televisão e será oferecida denúncia", afirmou o procurador-geral de entidade, Paulo Schmitt, à Gazeta do Povo. A acusação, se confirmada, será enquadrada no Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e pode resultar em perda de mando de campo de uma a dez partidas.
De acordo com Schmitt, o Furacão pode ser denunciado, ao todo, em até três artigos do CBJD pelos incidentes relacionados ao clássico. Além do confronto entre torcedores atleticanos, um isqueiro foi arremessado no gramado fato que também entraria no artigo 213. Já os 12 minutos de atraso para reinício do jogo entram no Artigo 206, podendo resultar em multa de até R$ 1 mil por minuto.
A queda do alambrado do Durival Britto é outra situação capaz de prejudicar o Atlético. O fato ainda está sendo avaliado pelo STJD e pode integrar uma denúncia no Artigo 211, que tem como pena multa de R$ 100 a R$ 100 mil e, se for o caso, interdição do estádio até que as medidas da decisão sejam cumpridas.
O advogado do Atlético, Domingo Moro, classificou como "delicada" a situação do clube diante das possíveis denúncias. "Sei que o Atlético fez tudo o que podia para reprimir [a briga], o que acabou acontecendo, foram lavrados boletins de ocorrência... Não sei se vai ser suficiente. Temos de aguardar as denúncias, mas o quadro é delicado", afirmou o advogado, que projeta que o caso seja julgado a partir do fim da próxima semana.
Para ele, no entanto, a espera pode prejudicar o clube no Brasileiro, já que uma possível punição seria aplicada nas rodadas finais do campeonato. "Poderá render prejuízo nas fases mais agudas da competição. Existe recurso, tentativa de efeito suspensivo. E ainda outros interessados. É só fazer o exercício para ver onde vai dar: nas partidas que podem ser decisivas", fechou Moro.
Deixe sua opinião