O imbróglio extracampo envolvendo o atleta das categorias de base do Atlético, Vinícius Jaú, 17 anos, e o Furacão foi parar no 13.º Distrito da Polícia Civil.
Familiares e representantes de Jaú alegam que o adolescente vinha sofrendo seguidos episódios de pressão e constrangimento para que assinasse contrato de vínculo profissional com o Rubro-Negro. Atualmente, o jogador possui somente o contrato de formação, válido até que complete 20 anos de idade.
Por causa da situação, há cerca de três semanas Jaú deixou o Centro de Treinamento do Caju, onde morava, e, acompanhado pelo pai, registrou um Boletim de Ocorrências (B0) alegando ter sofrido assédio moral de profissionais atleticanos.
“O jogador foi coagido a assinar o contrato profissional e não assinou. Saiu chorando do centro de treinamentos, porque não queria assinar naquelas condições, sem nenhuma assessoria, advogado ou membro da família”, explica Diego Barreto, advogado do atleta. “O contrato não estava na mesa, mas tentaram convencê-lo de maneira enérgica e isso acumulou com uma série de outros episódios”, prossegue Barreto.
O advogado faz referência a três episódios específicos. Por duas vezes Jaú, considerado uma das grandes promessas da base, foi desconvocado da seleção sub-17 a pedido do Atlético. Além disso, acabou cortado do elenco para a disputa da Taça BH, principal torneio da categoria. “O pai e o menino não querem mais que ele fique no Atlético”, assegura Barreto, que vislumbra três soluções possíveis para o fim do impasse. Em nenhuma delas, porém, há chance da promessa seguir no Furacão.
“A primeira seria um acordo com outro clube do país para que o Jaú siga carreira neste outro clube, com rateio de percentuais econômicos entre as partes. A segunda, a tentativa de rescisão do contrato na Justiça, alegando a inviabilidade do atleta permanecer no clube após os citados episódios. A terceira, aguardar que o atleta complete 18 anos e deixe o país. Neste último caso, o Atlético seria ressarcido com a indenização de formação no momento em que o atleta firmasse contrato com um clube do exterior”, finaliza Barreto.
Procurado, o Atlético não respondeu à reportagem da Gazeta do Povo.
Caso Nathan
Para o ex-jogador Robertinho, empresário de Vinícius Jaú, a pressão sofrida pelo menino no Atlético é uma retaliação da diretoria por causa de incidentes envolvendo o meia Nathan, recentemente vendido para o Chelsea.
“Foi justamente uma retaliação. O clube vem judiando do Jaú. A bronca do caso Nathan foi transferida para o Jaú”, acusa Robertinho, que detém 15% dos direitos econômicos de Nathan, mas briga na Justiça para que o clube reconheça esta participação e lhe repasse a parte dos 5 milhões de euros da venda de Nathan para o clube inglês a que teria direito. Ainda segundo Robertinho, o pai de Nathan tem direito a outros 15% da negociação.
“Por causa disso, o [Mario Celso] Petraglia disse que ia deixar o Jaú apodrecendo no Atlético até o final do contrato. Eles queriam que o menino deixasse de ser empresariado por mim e assinasse o contrato profissional. Agora, de qualquer forma, vamos quebrar o contrato. A única certeza que temos é de que não ficará no Atlético. Adoro o Atlético, mas não esse Atlético do Petraglia”, completa Robertinho, que atuou no Furacão entre os anos 70 e 80.
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