Aos 21 anos, Marcos Guilherme carrega bem mais do que uma camisa 10 nas costas. Com uma carreira ainda curta, boas passagens pelas seleções brasileiras de base e grandes expectativas da torcida e dos dirigentes do Atlético – Mario Celso Petraglia o considerou, em 2012, como a maior revelação da história do clube –, o meia completou, na derrota fora de casa para o Flamengo por 1 a 0, no último sábado (6), 150 jogos com a camisa rubro-negra. São 65 vitórias e 35 empates, 21 gols marcados e o título paranaense de 2016 no currículo.
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Se a marca denotaria uma certa regularidade em uma carreira profissional iniciada em 2013, o jogador, revelado nas categorias de base do CT do Caju em 2009 e evidenciado a partir do expressinho do Paranaense de 2014, é cada vez mais contestado pela torcida, que enxerga com certa facilidade a oscilação não tão recente do atleta.
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Leia a matéria completaContra o Flamengo, participando pouco das ações ofensivas, foi substituído no segundo tempo por Luciano Cabral. Em sua defesa: todo o meio de campo do Furacão foi engolido por Márcio Araújo e companhia no Estádio Kléber Andrade, em Cariacica-ES, inusual casa do rubro-negro carioca nesta temporada.
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Marcos Guilherme também foi substituído diante de Corinthians e Sport. Não jogou contra o Fluminense e foi reserva contra o Vitória e o Cruzeiro. Contudo, contra a Raposa, em 11 de julho, sua participação foi fundamental: participou dos três gols atleticanos em jogo que o Furacão passava por grandes dificuldades até fazer o primeiro gol. Depois, o clube mineiro se perdeu.
“Acima de tudo, para um jogador de 21 anos, chegar a 150 jogos por um clube da expressão do Atlético é fantástico”, alega Rafael Stival, empresário do jogador.
Ainda distante das 354 partidas do volante Alan Bahia – atualmente no Rio Negro, de Amazonas –, Marcos Guilherme é acometido muito mais do que se espera dele do que exatamente por funções táticas e técnicas. Em seus pés, passa, além da circulação do ataque, os anseios de maior protagonismo da torcida.
As atuações irregulares de Marcos Guilherme podem perpassar por dois fatores, sendo o primeiro aquilo que está na mais linha tênue dos atletas: a recuperação da confiança. Cobrado para assumir a dianteira do clube, ainda se ressente de, tão jovem, ser tão cobrado.
“Mas ele já entendeu como é a pressão. O começo foi difícil, mas ele está, aos poucos, voltando ao melhor futebol, focando no que interessa”, reitera Stival. O segundo fator, intrínseco, pode ser o impacto pela ausência da seleção olímpica, sofrendo atualmente no Grupo A das Olimpíadas do Rio. O meia admitiu em diversas entrevistas o “baque” por não ter integrado o grupo que busca a inédita medalha de ouro para o Brasil.
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